17 de maio | Dia Nacional e Internacional de Luta contra a LGBTfobia

O dia 17 de maio, Dia Nacional e Internacional de Luta contra a LGBTfobia, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como dia para refletir, compreender e lutar contra a os mecanismos de propagação e manutenção da LGBTfobia. A data marca a retirada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

 

De lá para cá, todas as conquistas no sentido da inclusão e do combate ao preconceito e à violência foram vitórias da luta da população LGBTQIA+ organizada. No entanto, ainda falta muito para a conquista de uma sociedade igualitária, livre de discriminação, exclusão e violência. E, neste momento, em que as forças reacionárias comandam o alto escalão do poder político federal, tendo como principal representante um presidente homofóbico, preconceituoso, negacionista e autoritário, essas forças buscam interromper e até reverter as conquistas já estabelecidas.

 

Em 2016, um decreto da então presidenta Dilma Rousseff (PT) normatizou o uso do nome social das pessoas trans pelos órgãos e entidades da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. Em 2019, o STF enquadrou a homofobia e a transfobia na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989) até que o Poder Legislativo edite lei sobre a matéria. Ao mesmo tempo, embora haja iniciativas, essas pautas têm muita dificuldade de avançar num Congresso Nacional composto, majoritariamente, por homens brancos, ricos e heterossexuais, que sempre se beneficiaram e se beneficiam da intolerância, da exclusão e da marginalização da população LGBTQIA+.

 

Com a pandemia, a situação de isolamento social e também a condição de desemprego intensificou problemas de ordem emocional, social e econômico. Todas são questões que atingem de forma especial a população LGBTQIA+, podendo levar a um aumento dos casos de violência. Por exemplo, estatísticas mostraram que aumentou, nesse período pandêmico, o número de assassinatos de pessoas trans.

 

Ensinar a igualdade

 

Como disse Nelson Mandela, se as pessoas podem aprender a odiar, elas também podem ser ensinadas a amar. Por isso é tão importante que essa luta também tenha lugar no ambiente escolar. O Sinpro-DF defende um sistema educacional laico, democrático e inclusivo, que combata o preconceito e a discriminação, e onde todas e todos os estudantes possam encontrar um espaço de acolhimento, formação da cidadania e o respeito às diferenças.                                                                                                                                                                                

Buscando contribuir para esse caminho de igualdade, o Sinpro e a CUT-DF convidam profissionais da Educação e toda a comunidade escolar a participar do debate Pelo direito de ser (Na escola e no trabalho), para discutir os desafios da escola e do mundo do trabalho na construção da igualdade. A atividade será transmitida ao vivo pela TV Comunitária a partir de 19h, e faz parte do dia de luta contra a LGBTfobia.

 

Os debatedores serão os professores Leonardo Café, mestre em Linguística pela UnB e formador no núcleo de diversidades da EAPE; João Macedo, coordenador do coletivo LGBT da CUT-DF; e Ana Cristina Machado, diretora da Secretaria de Raça e Sexualidade do Sinpro-DF.