17 de maio | Dia Internacional contra a Homofobia

O combate a todo tipo de discriminação é um dos princípios fundantes do Sinpro-DF. Nesta quarta-feira (17), Dia Internacional contra a Homofobia, o sindicato destaca a necessidade de a população brasileira exercitar, diariamente, o combate intransigente à LGBTQIA+fobia. Também reforça seu compromisso com a defesa da diversidade, por uma escola que seja para todas, todos, todes e laica para que seja realmente inclusiva, bem como gratuita, pública, democrática  e de qualidade socialmente referenciada.

Nesta edição do Dia Internacional contra a Homofobia, o Sinpro está engajado em todas as mobilizações e comemorações relativas à data e aderiu à campanha “Justiça por Lindolfo” porque o 17/5 é também momento de reforçar a reflexão sobre as violências da sociedade brasileira contra as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersex (LGBTQIA+).

“O combate à LGBTQIA+fobia começa pela escola. É importante e fundamental, no trabalho pedagógico, termos um ambiente escolar respeitoso, acolhedor e livre de preconceitos. Não basta ser contra a discriminação, é preciso combatê-la,proativamente, aprendendo e ensinando a valorizar as diferenças”, destaca Ana Cristina Machado, diretora do Sinpro-DF.

Ela afirma que é preciso respeitar a diversidade e a pluralidade na escola e trabalhar, pedagógica e diuturnamente, na desconstrução e na superação das práticas discriminatórias. “As equipes pedagógicas devem promover ações e espaços de afirmação dos e das estudantes LGBTQIA+ como sujeitos de direito”.

A Secretaria de Raça e Sexualidade do Sinpro oferece subsídios didático-pedagógicos para toda e qualquer escola da rede pública do DF e aos(às) professoras(as) e orientadores(as) educacionais que queiram trabalhar o tema na sala de aula com o material produzido pelo Sinpro. O tema é pauta da categoria em suas lutas por melhores condições de trabalho.

“A vida das pessoas, das trabalhadoras e trabalhadores de todas as áreas importam. A luta contra a LGBTQIA+fobia é diária dentro e fora da escola. O respeito às diferentes orientações e identidades sexuais e de gênero  é  necessário para que as diversidades possam existir  na sociedade”, afirma o professor, mestre pesquisador, Anderson Neves, integrante do Coletivo LGBTQIA+ do Sinpro.

Nesta quinta-feira (18), na Assembleia Geral da categoria, a ser realizada a partir das 9h30, no estacionamento da Funarte, o Coletivo LGBTQIA+ do Sinpro e o Coletivo LGBTQIA+ da CUT-DF distribuirão o cartaz e o Jornal Mural da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) sobre o tema do 17 de Maio.

Ana Cristina também indica a leitura do Jornal Mural da Educação – Especial 17 de Maio, no site do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). O jornal pode ser acessado no link a seguir: https://appsindicato.org.br/wp-content/uploads/2023/05/Jornal_Mural_17maio_2023_web_.pdf

 

Edição 2023 do 17 de Maio

O Dia Internacional contra a Homofobia é uma data que marca a luta por igualdade e celebra avanços históricos nesse sentido. Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID), rompendo séculos de discriminação e perseguição.

Este ano, os motes e temas foram definidos em vários encontros nacionais do movimento sindical, como, por exemplo, no Encontro do Coletivo LGBTQIA+ da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), realizado em 22 e 23 de abril, em Fortaleza (CE), e no 4º Encontro Nacional LGBTQIA+ da CUT, realizado entre os dias 4 e 7 de maio.

Márcia Gilda Moreira, coordenadora, Ana Cristina Machado e Carlos Fernandes, diretores da Secretaria de Raça e Sexualidade, representaram a diretoria colegiada do Sinpro no Encontro do Coletivo LGBTQIA+ da CNTE. João Macedo, professor, coordenador do Coletivo LGBTQIA+ da CUT-DF e membro do Coletivo LGBTQIA+ do Sinpro-DF, representou o sindicato no 4º Encontro Nacional LGBTQIA+ da CUT em São Pulo.

“A luta não vai parar. Maio, mês de luta, especialmente o dia 17, é uma data muito importante para a população LGBTQIA+, pois, foi nesta data, em 1990, que a OMS retirou a homossexualidade do CID.É preciso marcar essa data, pois ainda há muito o que ser feito para garantir o respeito e a dignidade das pessoas, independentemente de sua orientação sexual e identidade de gênero”, diz o professor.

No entendimento dele, “toda luta que queira enfrentar de maneira concreta as violências, as opressões e a luta efetiva por direitos sociais devem se intersecciona lizar e, assim, por entender que a classe trabalhadora é composta também por pessoas LGBTQIA+, que o Sinpro, por meio da Secretaria de Raça e Sexualidade, constituiu o Coletivo LGBTQIA+, tornando-se mais um instrumento de combate contra a LGBTQIA+fobia  no local de trabalho, atuando na defesa e no apoio das pessoas LGBTQIA+ que formam  essa categoria”.

 

Homenagem ao professor Lindolfo Kosmaski

O Dia Internacional contra a Homofobia 2023 homenageia a vida do jovem professor Lindolfo Kosmaski. Brutalmente assassinado por Robson José Voinarski, em maio de 2021, Lindolfo era homossexual e ativista ligado ao Movimento Sem Terra (MST). Em abril de 2023, o assassino foi a júri popular e condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Confira matéria na íntegra aqui

A condenação de Voinarski por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, foi um passo importante da Justiça contra a LGBTIA+fobia. A APP-Sindicato, no Paraná, bem como familiares, amigos(as) e colegas de vida e de luta do professor Lindolfo no MST acompanharam as mais de 18 horas de julgamento.

Lindolfo tinha 25 anos e foi morto no dia 1º de maio de 2021, em São João do Triunfo, região Sul do Paraná. Seu corpo foi encontrado carbonizado. Ele era estudante egresso da turma de Licenciatura em Educação do Campo da Escola Latina Americana de Agroecologia (ELAA), localizada no assentamento Contestado, no município da Lapa (PR). Participou de diversas atividades de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como cursos e encontros do Coletivo LGBTQIA+ Sem Terra e Jornadas de Agroecologia.

 

Confira o vídeo em homenagem ao professor Lindolfo:

Clique no link para visualizar o cartaz “Justiça por Lindolfo”:
https://cdn.sinprodf.org.br/portal/uploads/2023/05/16132229/CARTAZ-A3-JUSTICA-por-LINDOLFO-APP.pdf

 

Clique no título e acesse o documento “A Negociação Coletiva de Garantias Relativas a Trabalhadores e Trabalhadoras LGBTQIA+”, apresentado pelo Dieese no 4º Encontro Nacional LGBTQIA+ da CUT