15 de junho – Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
A violência e o abuso contra o(a) idoso(a) por muitos anos foram considerados assuntos privados, de cunho familiar, muitas vezes interpretados como um tabu, totalmente subestimado e ignorado por grande parte da sociedade. Com o passar do tempo e graças à normatização das denúncias, este grave problema de saúde pública e social recebeu a atenção necessária. Em respeito à pessoa idosa e com o objetivo de conscientizar a população a lutar contra este problema, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu este tipo de violência em 2011, instituindo o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa no dia 15 de junho.
Além da negligência e da falta de cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra frio e calor, os(as) idosos(as) sofrem com o abandono, a ausência ou omissão de familiares ou responsáveis, do governo e de instituições, além da violência física, sexual, psicológica e até mesmo financeira. Dentre estes tipos de violência, a psicológica ou emocional é a mais sutil, incluindo comportamentos prejudiciais à autoestima ou bem-estar do(a) idoso(a). Soma-se a este exemplo a violência financeira ou material, quando existe a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou o uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.
Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população não só brasileira, mas mundial, está vivendo cada vez mais. Apesar desta nova realidade, a sociedade ainda mostra que não está preparada para lidar com este cenário de longevidade. Levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) demonstrou que a expectativa de vida mundial subiu de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em 2019. A projeção é de que suba ainda mais, chegando a pouco mais de 77 anos em 2050.
Segundo a coordenadora da Secretaria de Assunto dos Aposentados do Sinpro, Elineide Rodrigues, a falta de políticas públicas que implementem aquilo que está no Estatuto da Pessoa Idosa é um ponto negativo na luta pelo respeito à pessoa idosa. “É preciso conscientização e cuidado do estado, dos governos e dos governantes com relação a esta questão. Apesar da população estar vivendo mais, estar mais longeva, a falta de políticas públicas prejudica que este importante grupo envelheça de forma saudável e com dignidade”.
O Sinpro, enquanto entidade sindical, utiliza a Secretaria de Assuntos dos Aposentados para direcionar o cuidado e respeito necessários aos(às) professores(as) e orientadores(as) educacionais aposentados(as), abordando a importância dos direitos humanos e do estatuto da pessoa idosa. “Em breve levaremos à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) uma pauta de lutas para que a Casa implemente políticas públicas para atender a pessoa idosa”, finaliza Elineide Rodrigues.
MATÉRIAS EM LIBRAS