LGBTs pedem igualdade de direitos

A cada dois dias, um homossexual é assassinado no Brasil. Além disso, o fundamentalismo religioso impregnado na Câmara e Senado Federal ainda excluem os 20 milhões de brasileiras e brasileiros assumidamente lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais (LGBT) no artigo 5º da Constituição, que garante que “todos são iguais perante a lei”. Para modificar este cenário e garantir o Estado laico, cerca de 10 mil pessoas participaram nesta quarta-feira (19), na Esplanada dos Ministérios, da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia.
De acordo com o coordenador estadual da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Evaldo Amorim, a marcha trabalha em três principais eixos: pressionar o cumprimento do Plano Nacional LGBT na sua totalidade, especialmente nas ações de Educação, Saúde, Segurança e Direitos Humanos, além de orçamentos e metas definidas para as ações; na aprovação imediata do PLC 122/2006 (combate a toda discriminação, incluindo a homofobia); e pela decisão favorável sobre União Estável entre casais homoafetivos, bem como a mudança de nome de pessoas transexuais.
“Essa é uma marcha histórica, pois, pela primeira vez, conseguimos reunir movimentos de todo o país em um único momento. Mais de 40 caravanas de todos os estados do Brasil estão presentes aqui”, lembrou o coordenador da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia e secretário de comunicação da ABGLT, Carlos Magno. Movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais também reforçaram o ato que pede igualdade no Brasil. “Também há discriminação contra os LGBTs dentro do mundo do trabalho e nós, como representantes dos trabalhadores de todo o Brasil, estamos aqui para dizer que não existe igualdade, não existe democracia, se 20 milhões de pessoas sofrem com o preconceito. Vamos trabalhar juntos para mudar isso”, afirmou a presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga.
No último dia 17, foi comemorado em todo o mundo o Dia Mundial contra a Homofobia (ódio, agressão, violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). A data é uma vitória do movimento, que conseguiu retirar a homossexualidade da classificação internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde, em 17 de maio de 1990.
Com informações do site da CUT-DF