Educadores pedem agilidade ao STF

Cerca de mil profissionais da educação, com representantes dos quatro cantos do País, se reuniram em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, na última quarta-feira. A intenção do ato foi pedir agilidade aos ministros no julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167), para garantir, conforme prevê a Lei 11.738, os efeitos integrais do piso salarial, a partir de 1º de janeiro de 2010. Este foi o segundo ato público do ano promovido pela CNTE em frente ao STF. “Esta ação permite que cada município interprete a lei como é melhor para ele, não existindo um piso igual em todos os estados”, explica Roberto Leão, presidente da CNTE. “Dessa forma o piso é nivelado em teto”, lamenta.

Além disso, o Supremo suspendeu uma série de ganhos importantes, como a questão da hora-atividade, período em que o educador teria mais tempo para se atualizar.

Leão frisou a importância da visita dos educadores aos gabinetes dos ministros para garantir voto unânime no julgamento. E adiantou: “Teremos audiência com o ministro Gilmar Mendes no na quinta-feira, dia 17”.

Camiseta do piso nos “Candangos”

Durante o protesto na Praça dos Três Poderes os manifestantes vestiram o Monumento dos “Candangos”, um dos símbolos da capital federal, com uma camiseta do Dia Nacional de Luta de quatro metros de altura. O céu de Brasília foi colorido com dois mil balões alaranjados e pretos, soltos durante o ato público.

“Os professores se mobilizaram no Brasil todo. Foi um dia muito importante porque os trabalhadores em educação mostraram que estão firmes e decididos a lutar pelos seus direitos”, elogiou Leão. “Esta luta é de toda a população brasileira, que tem o direito de ter uma escola pública de qualidade. E isto só acontecerá com professores valorizados”, concluiu.
Do site da CNTE (www.cnte.org.br)