Servidores públicos fazem ato contra calote de Rollemberg nesta sexta (14)

A CUT Brasília e seus sindicatos filiados realizarão ato nesta sexta-feira (14) para repudiar o anúncio de renovação do calote nos reajustes do funcionalismo público local, feito na manhã de hoje pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB). A ação será na Praça do Buriti, às 14h30.
“Viemos comunicar a total impossibilidade de pagar o reajuste (dos servidores públicos)”, disse Rollemberg em coletiva à imprensa nesta sexta, no Palácio do Buriti.
O calote de Rollemberg é referente à última parcela do reajuste dos 153 mil servidores públicos locais, que deveria ter sido depositada em outubro do ano passado. O reajuste é uma conquista das 32 categorias do funcionalismo, garantida em lei, em 2012.
“Rollemberg reforça seu selo de caloteiro com esse anúncio. E se ele acha que nós iremos aceitar, está muito enganado. Hoje mesmo já iremos para frente do Buriti. E este anúncio só reforça nossa mobilização para a construção da greve geral no dia 11 de novembro”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.
O anúncio de que o governador, mais uma vez, não honrará com a lei, só será feito aos sindicatos que representam o funcionalismo às 15h desta sexta-feira. “A informação chegou às entidades sindicais por meio da imprensa, e demonstra o tamanho desrespeito de Rollemberg com os servidores públicos do DF. De acordo com a mídia, ele sequer participará da reunião”, denuncia o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues. O anúncio será feito com a participação de representantes da Secretaria de Fazenda, de Planejamento, da Procuradoria-Geral do Distrito Federal e da assessoria jurídica.
Ao que tudo indica, o calote ao funcionalismo já estava nos planos de Rodrigo Rollemberg. A evidência é o decreto antigreve (37.962/16), publicado no Diário Oficial do DF no último dia 6. Pelo texto, servidores públicos que realizarem greve serão gravemente punidos. Como sanção, o decreto prevê desconto salarial, procedimento administrativo-disciplinar e aplicação de penalidades civil e penal.
O decreto é tão absurdo que deputados distritais do PT e do PPS apresentaram no último dia 11 ao plenário da Casa um Projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos do decreto antigreve de Rollemberg. A previsão é de que a CLDF vote o pedido na próxima terça-feira (18/10). “As expectativas para a aprovação do Decreto Legislativo são grandes, pois o texto (de Rollemberg) tem caráter autoritário, que vai contra o que já foi legislado”, afirma o deputado Wasny de Roure (PT).
Fonte: CUT Brasília