Fake news de Bolsonaro mantém o congelamento da carreira
O que é a reforma administrativa?
É uma reforma trabalhista para os servidores públicos cuja finalidade é retirar mais direitos. Portanto, os servidores públicos estaduais, municipais, federais e distritais se preparem para essa batalha. A reforma administrativa será discutida por um Congresso eleito, em 2018, com maioria de representantes do empresariado e banqueiros, que têm votado leis que retiram, sistematicamente, direitos trabalhistas, terceirizam os serviços públicos e transformam os direitos fundamentais (educação, saúde, segurança pública, previdência, assistência social, etc.) em mercadoria.
É esse Congresso que irá discutir uma reforma administrativa que não visa à melhoria dos serviços públicos e nem à do atendimento à população, e sim sucatear ainda mais esse atendimento por meio da precarização das condições de trabalho de quem atende à população lá na ponta: os servidores públicos. Nesse debate, vão entrar os temas que os empresários querem quebrar há muitos anos, como a estabilidade, benefícios, como as progressões automáticas adquiridas ao longo do tempo de serviço entre outros.
Portanto, a avaliação da diretoria colegiada do Sinpro-DF é a de que é necessária muita mobilização, organização e combate às fake news da mídia comercial, que representa os empresários que atuam como parlamentares no Brasil. É importante se preparar para fortalecer os nossos espaços de poder na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, na CLDF e em todas as outras instâncias de representação democrática e eletivas para que a falta de voto da classe trabalhadora nas Casas Legislativas não gere a possibilidade para governos, como este, que têm a fake news como instrumento de governabilidade, prevaleçam na hora de votarem legislações.
O Sinpro-DF agradece os três senadores da bancada do Distrito Federal – Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PSB) e Reguffe (Podemos) – que votaram pela derrubada do veto; e aos deputados federais que votaram a favor da derrubada – deputada federal Érika Kokay (PT) e Professor Israel (PV).
Deputados do Distrito Federal que votaram contra os servidores
O sindicato destaca os deputados federais da bancada do DF que se posicionaram contra a educação e inimigos dos servidores: Bia Kicis (PSL), Paula Belmonte (PPS), Luis Miranda (DEM), Julio Cesar (PRB) Tadeu Filippelli (MDB). Esses(as) são os(as) parlamentares que, em 2022, vão atrás do seu voto, servidor público. Cabe a você decidir se vai apoiar o projeto privatista deles ou se vai defender os seus próprios direitos trabalhistas. A diretoria colegiada do sindicato parabeniza deputados e senadores que nos apoiaram e entenderam que era necessário derrubar o veto de Jair Bolsonaro e parabeniza também todos os professores e orientadores educacionais que participaram da mobilização digital, que foi imensa ao ponto de fazer com que o Senado derrubasse o veto.
Infelizmente, os interesses privatistas dos deputados federais que compõem os partidos políticos que formam o Centrão e o governo de Bolsonaro, que é contra todo tipo de direito trabalhista, sobrepujaram a nossa luta. Como dissemos, isso ocorreu porque não temos uma bancada de trabalhadores nas Casas Legislativas. Destacamos que as mobilizações continuam e precisam ser cada vez mais fortalecidas para a defesa de nossos direitos, como a estabilidade, ainda na mira dos grandes privatistas eleitos em 2018.
Inicialmente, o Sinpro-DF informou que a deputada Flávia Arruda (PL) havia votado a favor do veto 17, apoiando Bolsonaro, mas a deputada entrou em contato com sindicato para avisar que não participou da votação e que estava ausente.