Unesco alerta para escassez de professores; no DF, a luta é por nomeações e concurso público

Lançado em português dia 22 de julho, o Relatório Global sobre Professores da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) mostra como a escassez de profissionais afeta a educação dos países. O estudo aponta que são necessários mais 44 milhões de docentes no mundo para dar conta da educação primária e secundária até 2030.

Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Nações Unidas, o quarto se refere à garantia de educação de qualidade, buscando “assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos”. O relatório da Unesco destaca que os profissionais da educação são personagens fundamentais do alcance desse objetivo.

No DF, hoje, cerca de 60% dos professores e professoras em regência trabalham em regime de contratação temporária. Esse fato traz mais precarização ao trabalho, e é um dos elementos do desinteresse dos jovens pela carreira magistério. Além de depararem com uma interdição à sua entrada na carreira – afinal, os concursos têm perdido espaço para a contratação temporária -, essa modalidade de contratação faz com que os profissionais não tenham todos os seus direitos garantidos, o que também afasta a juventude da perspectiva de ser professor ou professora.

A luta do Sinpro é para que os profissionais tenham todos os seus direitos garantidos – muitos dos que atuam como temporários estão aprovados no concurso -, bem como que os estudantes tenham assegurado seu direito à continuidade do trabalho desenvolvido na escola.

Por isso, uma das prioridades do Sinpro tem sido a nomeação de todos os aprovados e aprovadas no concurso de 2022, e, depois, a realização de um novo concurso. É preciso suprir as carências da rede com profissionais efetivos.

Dia 6 de agosto (quarta-feira), a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação – está convocando um ato nacional em frente ao Ministério da Educação, pela valorização da categoria, pela realização de concursos públicos e pela aprovação do Piso dos Profissionais da Educação (PL 2531/21). O ato acontece a partir de 10h.