Um deboche aos educadores gaúchos: candidato do PMDB ironiza luta pelo Piso Salarial

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Em entrevista ao canal Terra, dia 20/10/2014, o candidato ao Governo do RS pela Coligação “O Novo Caminho para o Rio Grande” (PMDB / PSD / PPS / PSB / PHS / PT do B / PSL / PSDC), José Ivo Sartori, informou que não assinara documento apresentado aos candidatos (no 1º turno das eleições) pelo CPERS/Sindicato, onde havia uma questão sobre o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). O candidato teve dificuldade em lembrar a palavra “piso”, sendo ajudado pela própria produção do programa. Mas não titubeou na sua proposta para atender a reivindicação dos educadores: “O Piso, eu vou lá no Tumelero [loja de ferragens] e eles te dão um piso melhor [risos]”.
A CNTE reforça e se solidariza com a nota emitida pelo CPERS, pois entende que a histórica luta pela instituição – e, agora, pela efetivação – do PSPN merece respeito dos gestores e daqueles que disputam cargos públicos de tamanha responsabilidade, como é o caso dos governos estaduais.
RS: Nota de repúdio do CPERS a entrevista concedida pelo candidato Jose Ivo Sartori ao portal Terra, em 20/10/2014
O CPERS Sindicato manifesta estranheza e preocupação com o modo pelo qual o candidato ao governo do Estado, José Ivo Sartori, tratou o tema do Piso Salarial dos educadores, em entrevista concedida ao portal Terra (20/10/2014). Estivemos mobilizados nos últimos quatro anos para exigir do atual governo o cumprimento da Lei do Piso e seguiremos mobilizados no próximo governo, seja ele qual for.
Acreditamos que esse tema não deve ser objeto de chacota ou brincadeiras por conta de quem tem a responsabilidade de propor alternativas para qualificar a nossa educação e valorizar o trabalho dos educadores (as) e de todos os trabalhadores (as) em educação.
Somos educadores (as) e lutamos diariamente para oferecer um ensino de qualidade, mesmo com as adversidades da nossa profissão. Por isso, não admitimos que os trabalhadores (as) em educação sejam tratados com falta de educação e respeito.
O CPERS Sindicato é uma entidade de todos (as) os educadores (as) e, enquanto tal, não tem preferência partidária. Não podemos, entretanto, aceitar que postulantes ao governo do Estado brinquem com coisas sérias. Conclamamos a sociedade gaúcha a defender, junto conosco, o pagamento do Piso Nacional dos professores dentro do Plano de Carreira, medida essencial para garantir uma educação pública de qualidade.
Apoio: CUT, CTB, CNTE, SINPRO, SINTAE, FeteeSul