TV Sinpro apresenta estudo inédito sobre Atendimento Pedagógico Domiciliar

O TV Sinpro desta quarta-feira (20/7), às 19h, vai entrevistar a professora Helma Salla, autora de um estudo sobre Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD) no Distrito Federal. Berenice Darc e Cláudio Antunes, diretora e diretor do Sinpro, vão entrevistá-la sobre as informações inéditas que ela descobriu durante sua pesquisa acadêmica para doutoramento. Os resultados desse levantamento estão sistematizados em sua tese, defendida no dia 12 de julho, na Universidade de Brasília (UnB).

Com o título “Os estudantes em situação de Atendimento Pedagógico Domiciliar: características individuais e os contextos familiares e escolares”, a tese apresenta um mapeamento recente e um diagnóstico novo da situação do Atendimento Pedagógico Domiciliar na rede pública de ensino do DF. Uma das conclusões dão conta de que o APD precisa de um diálogo social coletivo para que aconteça efetivamente. Helma verificou que é necessário construir uma rede de diálogo entre o Sinpro, as associações – como, por exemplo, a Associação dos Doentes Raros –, a Saúde, o Ministério Público ou o Poder Judiciário.

“Um diálogo que precisa ser edificado dentro e fora da escola para que se construa realmente uma rede que oferte a escolarização que o estudante em situação de Atendimento Pedagógico Domiciliar precisa. Esse sujeito precisa dessa escolarização. Mas, para que ela aconteça de forma efetiva, é necessário um diálogo entre todos esses entes”, afirma.

Professora da Secretaria de Estado da Educação do DF (SEE-DF) há 25 anos, Helma conta que, para viabilizar o estudo, definiu seis objetivos que viabilizaram a análise das características individuais, familiares e escolares dos(as) estudantes em situação de APD. A ideia era fazer um mapeamento. Para isso, ela conversou com as Coordenações Regionais de Ensino (CRE), pais, mães, professores, gestores, familiares, SEE-DF etc.

Nesse levantamento, ela descobriu que várias CRE colocaram em estado de Atendimento Pedagógico Domiciliar muitos estudantes que não o eram. Ao todo, foram listados 21 estudantes. Mas esse número caiu para nove. Uma das CRE confundiu Atendimento Pedagógico Domiciliar com homeschooling (educação domiciliar). “O meu estudo não tem nada que ver com homeschooling”, avisa.

O TV Sinpro vai ao ar ao vivo nesta quarta-feira (6/7), excepcionalmente às 16h, na TV Comunitária e no Youtube e no Facebook do Sinpro-DF. Assista e participe! A nossa participação é a força da nossa luta!

Helma Salla

Helma Salla é professora da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEE-DF) há 25 anos. Ela é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da Faculdade de Educação – Universidade de Brasília, inserida na linha de pesquisa Educação em Ciências e Matemática  ECMA, tendo como orientador o Prof. Dr. Geraldo Eustáquio Moreira. Desenvolveu o projeto/pesquisa “Os estudantes em situação de Atendimento Pedagógico Domiciliar: características individuais e os contextos familiares e escolares”. Mestre em Ensino de Ciências, pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, nível Mestrado Profissional em Ensino de Ciências (PPGEC), na Universidade Estadual de Goiás (2017). Concluiu, em 2005, especialização em Química, pela Universidade Federal de Lavras. Graduada em Química (Licenciatura) pela Universidade Federal de Goiás (1997). Desde 1997 é professora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Membro do grupo de pesquisa Dzeta Investigações em Educação Matemática; ajudando em pesquisas relacionadas ao ensino e aprendizagem de Matemática, assentados nos pressupostos teóricos e metodológicos da Educação Matemática Inclusiva. A pesquisadora tem como área de interesse: Educação Inclusiva, Ensino de Química e de Ciências com enfoque em Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA), Alfabetização Científica, EJA, EJA Inclusiva, Atendimento Pedagógico Domiciliar (APD), Classe Hospitalar (CH), Educação Hospitalar (EH), Educação Matemática Inclusiva e formação de professores.