Trabalhadores terceirizados nas escolas públicas param na segunda (14)

Cerca de 1.500 merendeiras e quase 4 mil auxiliares de serviços gerais prestadores de serviços principalmente nas escolas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) vão paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (14). Estes trabalhadores terceirizados reivindicam o pagamento do salário do mês de agosto, que deveria ter sido quitado até o quinto dia útil de setembro pelas empresas contratadas pelo GDF.
As empresas G & E Serviços Terceirizados, Planalto Service, Juiz de Fora Serviços Gerais, Real JG Serviços e Servegel Apoio Administrativo, contratadas pela Secretaria de Estado da Educação (SEE) e a Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento (Seplan), já foram comunicadas da paralisação com 72 horas de antecedência, conforme determina a lei da greve.
O diretor de Comunicação e Imprensa do Sindiserviços-DF, Antonio de Pádua Lemos, disse que só não haverá greve se até domingo o dinheiro entrar na conta dos trabalhadores. Lamentou que mais uma vez o trabalhador terceirizado no GDF será prejudicado e terá que pagar suas contas com atraso, sem que patrões ou o próprio GDF assumam o pagamento dos juros e multas. Também lamentou os prejuízos irreparáveis que o atraso provoca na manutenção alimentar e na saúde dos trabalhadores e seus familiares.
Alguns patrões costumam tentar se eximir de responsabilidade alegando que o atraso dos salários se deve à falta do pagamento das repactuações e das parcelas contratuais devidas pelo GDF. A presidente do Sindiserviços-DF, Maria Isabel Caetano dos Reis, diz que os terceirizados já não aguentam mais esse empurra-empurra de responsabilidades e exigem que patrões e GDF resolvam suas diferenças sem prejudicar o trabalhador, que já vivem com dificuldades com os  baixos salários.
Essa questão de atrasos nos pagamentos e prejuízos aos trabalhadores é tão recorrente que já foi motivo de várias manifestações públicas e paralisações e será tema de nova  audiência pública na próxima terça-feira (159), a partir das 10 horas, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), lembra Maria Isabel. Ela diz que os trabalhadores terceirizados comparecerão em peso à sessão para cobrar providências do GDF e dos patrões para acabar de vez com o desrespeito aos direitos dos terceirizados.
Fonte: CUT Brasília e Sindiserviços