CUT-DF no Dia Nacional de Mobilização
No dia 6 de julho, cutistas de todo o Brasil irão às ruas no Dia Nacional de Mobilização da CUT. No Distrito Federal, as atividades começam um dia antes, no dia 5. A intenção é, além de defender a pauta nacional, incluir questões regionais que vêm travando o desenvolvimento da capital federal. As atividades pelo Dia Nacional de Mobilização da CUT começarão com uma ação no aeroporto Juscelino Kubitschek, de Brasília. Às 8h do dia 5 de julho, militantes cutistas recepcionarão parlamentares no saguão de desembarque e pedirão o apoio às ações contra a privatização dos aeroportos no Brasil. Para a Central, a privatização dos aeroportos entrega aos especuladores um bem público essencial para o Brasil, além de precarizar a mão de obra dos trabalhadores.
No dia 6, manifestantes cutistas se concentrarão em frente ao Palácio do Buriti, às 9h, para reivindicar não só temas como trabalho decente, aprovação do Plano Nacional de Educação e redução da jornada de trabalho – temas que compõem a pauta de luta do Dia Nacional de Mobilização –, mas também o fim da violência contra a mulher e a regularização fundiária no DF. (Acesse aqui a íntegra da pauta de luta do Dia Nacional de Mobilização). Ainda no dia 6, às 15h, a ação pelo Dia Nacional de Mobilização será na rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes se concentração na CUT DF a partir das 14h30 e seguirão para a plataforma superior da rodoviária e distribuirão panfletos que explicam os eixos de luta que norteiam o Dia Nacional de Mobilização da CUT.
Também no dia 6, manifestantes cutistas participarão da entrega de emendas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) ao Plano Nacional de Educação (PNE). A ação, que ainda não tem horário definido, será no auditório Freitas Nobre da Câmara dos Deputados.
Violência contra a mulher – Apesar de o novo governo do Distrito Federal ter dado um passo à frente na luta pelas causas feministas e de direitos humanos com a criação da Secretaria da Mulher, os resultados obtidos até agora não são positivos. Isso porque, apesar da iniciativa, falta o empenho do GDF em deslanchar as políticas defendidas pelas mulheres, como o fim da violência contra a mulher. “Precisamos mobilizar toda a militância cutista e a sociedade em geral para fazer com que o GDF acorde e veja que a situação está cada vez mais grave”, afirma a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-DF, Graça Sousa.
Em 2011, a capital federal registrou 283 casos de estupro nos cinco primeiros meses. Isso resulta em uma média de 57 estupros por mês, quase dois por dia. Em 2010, foram registradas 585 ocorrências de estupro no ano, cerca de 49 casos por mês. Isso significa que, em 2010, até agora, o aumento dos casos de estupro no DF representa mais de 16% ao mês. De acordo com a Delegacia da Mulher do DF, nos cinco primeiros meses de 2011 foram registradas 900 ocorrências de agressão contra a mulher.
Regularização fundiária no DF – De todo o Brasil, o Distrito Federal registra o maior número de concentração de terras. Na capital federal, apenas 6% da população detêm 44% das terras, enquanto os outros 82% restante das pessoas ficam com apenas 39% do território do DF. Diante desses dados, o Fórum em defesa da reforma agrária e da justiça no campo – formado pela FETRAF (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Família), MST, MTST, MATR, FETADF e sindicatos cutistas – realizará acampamento nos arredores do estádio Nilson Nelson e do Palácio do Buriti, de 4 a 8 de julho.
A expectativa do coordenador geral da FETRAF, Francisco Miguel de Lucena, é de que 1,2 mil pessoas participem do acampamento, que tem o objetivo de negociar com o governo do Distrito Federal as propostas em relação a regularização fundiária no DF, a criação de políticas públicas para corrigir o problema da concentração de riquezas, além da criação de uma Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Segundo o sindicalista, as pessoas do acampamento se unirão ao ato da CUT-DF no dia 6, no Dia Nacional de Mobilização.
Secretaria de Comunicação da CUT-DF