Superlotação em turmas de alfabetização: negligência de Ibaneis que, em 10 anos, vai gerar demandas por readequação etária (e custos)

Em cada tipo de escola, o prejuízo pedagógico e as consequências da superlotação se revelam de forma diferente. As Escolas Classe e Centros de Ensino Infantil, por exemplo, recebem crianças que ainda pedem colo e precisam aprender, dentre outras coisas, a manipular e controlar adequadamente o material escolar. Demandam muita atenção das professoras. Mas a contrapartida do governo ocorre em forma de negligência, descaso e muito improviso. E a negligência de agora vai sair caro na próxima década.

O Sinpro intensifica a luta contra a superlotação nas salas de aula. Convidamos professores e professoras (efetivos(as) e do contrato temporário), além de orientadores(as) educacionais a, juntos, denunciarmos o descaso de Ibaneis e Hélvia com a educação, em mais uma etapa de sua campanha.

Foram confeccionadas placas para denunciar a superlotação nas salas de aula. Solicite à diretora ou ao diretor do Sinpro que atende a sua escola uma placa, escreva com pincel de lousa o número ideal de alunos da sua turma e quantos existem de fato. Tire uma foto da placa presa perto da porta da sua sala de aula e envie a imagem (com o nome da escola, regional, e a turma em que você leciona) para imprensa@sinprodf.org.br

“Deveria haver 28 crianças matriculadas na minha turma de primeiro ano, mas eu estou com 31 alunos. São crianças de 6 anos, em fase de transição, acabaram de chegar da educação infantil. O processo de adaptação delas é mais demorado. Não é possível abarrotar uma turma de primeiro ano Fundamental”, reclama a professora Ana Paula Aguiar, da EC 01 do Lago Sul.

“Nas turmas de alfabetização, a falta de um olhar para as individualidades, diferentes contextos, ritmos e estilos de aprendizagem gera prejuízos incalculáveis que podem se estender por todo o processo de escolarização, gerando a necessidade de maiores investimentos para a recomposição das aprendizagens que não foram construídas no período próprio. A alfabetização malfeita hoje vai se tornar, daqui a cinco ou dez anos, uma demanda por turma de readequação etária, e isso tem um custo – financeiro e humano”, lembra Olga Freitas, que é Pedagoga, Doutora em Educação e Mestra em Neurociência do Comportamento, dentre outras qualificações.

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