Solução para a crise econômica está na educação, diz OCDE
O estudo “Equidade e qualidade da educação”, divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na quinta-feira (9), mostra que a educação é o principal motor do desenvolvimento econômico. Segundo a agência de notícias espanhola Efe, ao divulgar o trabalho, a entidade fez um apelo para que os países invistam em educação como solução a longo prazo para a crise econômica, diante do custo que o fracasso escolar tem para a sociedade.
O estudo comprova que uma população com ensino ruim prejudica a capacidade dos países produzir, crescer e inovar, além de prejudicar a coesão social e impor mais despesas à administração pública. O maior problema da educação, diz a OCDE, é o abandono dos estudos. Em 2011, o abandono escolar alcançou 20% dos jovens de entre 25 e 34 anos dos países-membros da organização, com variações que foram de 3% na Coreia a 36% na Espanha e 62% na Turquia.
A entidade relata que em 2010 havia 15 milhões de jovens sem emprego nestes países, quatro milhões a mais do que em 2007. Apenas a metade dos que deixaram a escola estavam empregados, o que os torna mais dependentes dos serviços sociais e da saúde pública. Para Beatriz Pont, uma das autoras da análise, “reduzir o fracasso escolar economiza despesas a longo prazo”.
O estudo mostra que em 2009 84% das pessoas com educação superior na OCDE trabalhavam, contra 56% das que não tinham terminado o ensino médio. A OCDE destaca a importância de investir no início da educação, já que de cada dólar investido nessa etapa gera posteriormente entre sete e dez centavos ao ano. O estudo, o primeiro que o organismo realiza sobre o assunto, ressalta ainda que o apoio aos professores e aos incentivos que retenham os melhores docentes são pontos-chave na melhora da qualidade da educação.
Com informações do CGC Educação