Sinpro realiza ato em defesa da escola pública em São Sebastião
O Sindicato dos professores realizou, na manhã de sábado (16/3), um ato em defesa da escola pública, que percorreu a região de São Sebastião. Após concentração em frente ao restaurante comunitário da região, o caminhão de som seguiu pelas principais avenidas da área, denunciando o descaso de Ibaneis com a educação da região, onde o problema da superlotação (que assola todo o Distrito Federal) é agravado por falta de espaços físicos para escolas e novas turmas.
Participaram do ato diretoras do Sinpro, professoras, orientadoras educacionais, gestoras das escolas locais e o deputado distrital Gabriel Magno, presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da CLDF.
Há denúncias de que, como consequência da falta de investimento em unidades escolares na região, gestores de escolas estão tirando medidas dos espaços livres nas salas e informando à CRE, para comprovar se cabem mais alunos ou não naquele espaço. A lista de espera por vagas na regional de São Sebastião é de cerca de 200 estudantes – e esse número não considera as listas de cada escola.
Turmas de alfabetização na região estão com quase 40 crianças, mais do que o previsto na estratégia de matrícula (e permitido por lei), e classes especiais de integração reversa sendo fechadas. As crianças que deveriam ser matriculadas nessas turmas estão matriculadas em turmas regulares, em aulas que não rendem para ninguém: nem para a professora, nem para os(as) estudantes.
“O ato foi muito positivo para dialogar com a comunidade, explicar o que vem acontecendo com as turmas das escolas em São Sebastião, e orientar a comunidade a cobrar soluções para os graves problemas que a educação em São Sebastião vem enfrentando nos últimos anos”, contou Leilane Costa, diretora do Sinpro.
Ações como a de São Sebastião têm como objetivo chamar a atenção da população para o descaso da gestão Ibaneis Rocha com a educação de todo o Distrito Federal. Elas irão ocorrer em outras regiões do DF, uma vez que um dos problemas ocasionados pela falta de professores(as) é a superlotação de salas de aula.
Nesta quarta-feira (20/3), às 9h, o Sinpro realiza sua primeira Assembleia de 2024, no estacionamento da Funarte. No encontro, além de dar o pontapé inicial à campanha salarial de 2024, a categoria pretende superar, de uma vez por todas, os problemas já conhecidos nas escolas públicas: além da superlotação das salas de aula, escolas precisando de reforma, risco de falta de merenda, Educação de Jovens e Adultos em colapso e ausência da garantia de atendimento a estudantes especiais.
Superlotação é problema crônico em todo o DF
A superlotação das salas de aula da rede pública é problema crônico, que só se agrava ao longo da gestão Ibaneis Rocha. Além de construir novos espaços para aulas, o GDF deve reduzir o número de estudantes por turma e encaminhar com urgência as nomeações do concurso de 2022! A qualidade do ensino para investir no futuro das nossas crianças e adolescentes depende disso!
O Sinpro fortalece a luta contra a superlotação nas salas de aula, e convida professores e professoras (efetivos(as) e do contrato temporário), além de orientadores(as) educacionais a, juntos, denunciarmos o descaso de Ibaneis e Hélvia com a educação.
Foram confeccionadas placas para denunciar a superlotação nas salas de aula. Solicite à diretora ou ao diretor do Sinpro que atende a sua escola uma placa, escreva com pincel de lousa o número ideal de alunos da sua turma e quantos existem de fato. Tire uma foto da placa presa perto da porta da sua sala de aula e envie a imagem (com o nome da escola, regional, e a turma em que você leciona) para imprensa@sinprodf.org.br