Sinpro participa de audiência pública sobre cultura de paz nas escolas, dia 24

Nesta segunda-feira (24/4), será realizada audiência pública que debaterá a defesa e o fortalecimento das escolas, com políticas de convivência e cultura de paz. A atividade, de iniciativa do deputado distrital Gabriel Magno (PT), será realizada na Escola Parque 303/304 Norte, às 19h.

Luciana Custódio, diretora do Sinpro-DF, é uma das convidadas para debater o tema. Segundo ela, professores(as) e orientadores(as) educacionais, ao mesmo tempo que são vítimas em potencial dos ataques, também são atores e atrizes importantes na promoção da cultura de paz nas escolas.

“A luta do Sinpro sempre foi pela vida. Mostramos isso durante a pandemia da Covid-19 e voltamos a mostrar agora, diante da onda de ameaças de ataques a escolas. E vida nunca dialogará com violência. Por isso, as ações desenvolvidas para coibir as ações que vêm chocando a sociedade sempre devem ter como princípio a paz e tolerância”, destaca a diretora do Sinpro.

Luciana Custódio ainda afirma que a valorização do magistério público é definitiva para que as escolas sejam ambientes seguros e de promoção da paz. “Condições adequadas de aprendizado e de trabalho, formação; respeito. Todas essas e várias outras questões são inegociáveis na promoção da cultura de paz nas escolas. Enquanto isso não for compreendido e aplicado, estaremos vulneráveis”, afirma.

Quem bate nas escolas maltrata muita gente
Na audiência pública desta segunda-feira (24/4), o Sinpro-DF relançará a campanha “Quem bate nas escolas bate em muita gente”.

A campanha foi lançada em 2008, diante do aumento de casos de violência contra professores(as) e orientadores(as) educacionais das escolas públicas do DF e do Brasil. Nesse mesmo ano, Carlos Mota, diretor de uma escola pública do Lago Oeste, foi assassinado na chácara onde morava. Segundo investigação policial, o homicídio foi uma represália a atuação do professor contra drogas no colégio e nas imediações.

Entre os objetivos da campanha estava a denúncia de que a desvalorização e o descaso com a educação pública são fatores que geram violência nesses espaços.

“Trazemos de volta a campanha ‘Quem bate na escola maltrata muita gente’, que dialoga também com essa onda de ameaças de ataques a escolas. Esses atos de violência não são fatos isolados; as violências conversam entre si, e também são sistêmicas. O que aconteceu ontem, de alguma maneira, reflete no amanhã. Por isso, violência não pode ser tolerada nunca, em nenhum grau, em nenhum espaço, em nenhum formato”, afirma Luciana Custódio, diretora do Sinpro.

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