Sinpro leva debate sobre violência contra as mulheres às ruas

Olhares curiosos. Desabafos. Dúvidas. Foram várias as reações de quem transitava na Rodoviária do Plano Piloto no último dia 25 de novembro e se deparou com faixas, panfletos e falas sobre o combate à violência contra as mulheres.

>> Acesse aqui o panfleto distribuído pelo Sinpro-DF 

A atividade foi organizada pelo Sinpro-DF, CUT-DF (Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal) e organizações do movimento social, e marcou o Dia Internacional de enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que compõe a campanha 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

“Essa é uma verdadeira aula para fora dos muros das escolas, em prol de uma sociedade que respeita as mulheres, que combate a violência contra as mulheres. Seguiremos juntas e juntos, na luta pela dignidade das nossas meninas e mulheres”, disse a coordenadora da pasta de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro-DF, Mônica Caldeira.

Em 2021, a cada sete horas uma mulher foi assassinada pelo simples fato de ser mulher; e a cada 10 minutos uma menina ou mulher foi estuprada. Isso considerados apenas os casos registrados pela polícia. De acordo com a diretora do Sinpro-DF Silvana Fernandes, que também compõe a pasta de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras, a mudança desse cenário passa pela conscientização da sociedade.

“Estamos neste panfletaço para dialogar com a sociedade do DF, no intuito de conscientizá-la. Muitas vezes uma mulher é vítima de violência e não sabe; muitas delas não sabem como denunciar. E por incrível que pareça, muita gente ainda não entende que a violência contra a mulher é realizada por causa do machismo consolidado na nossa sociedade”, afirma a dirigente sindical.

Para a secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães, “só se muda a sociedade quando se muda a vida das mulheres”, e essa mudança só virá com a luta, que deve ser feita não só por mulheres, mas por toda a sociedade. “É muito difícil a gente conversar com mulheres, seja onde for, e não ter relatos de violência. Enquanto a gente estava entregando os panfletos, ouvimos de diversas mulheres os relatos que atingiram e atravessaram suas vidas. É uma pauta que não é de responsabilidade só das mulheres, é uma pauta de toda a sociedade. Vamos continuar juntas e na luta até que todas sejamos livres”, diz.

As atividades pelo fim da violência contra as mulheres realizadas pelo Sinpro-DF continuam. Neste mês de novembro, já foram realizadas as Oficinas Pedagógicas Maria da Penha Vai às Escolas, e ainda será realizado o “Encontro de Mulheres Educadoras – Mulheres e direitos humanos: qual escola queremos?”, no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

 

Fotos: Deva Garcia

 

 

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