Sinpro exige nomeação imediata de aprovados em comissão geral na CLDF
Centenas de professores(as) da rede pública de ensino do DF ocupam vagas destinadas a professores(as) efetivos. Entretanto, esses mesmos professores(as) CT’s foram aprovados(as) no último concurso do magistério. Com isso, eles e elas acabam ocupando, como professores(as) substitutos(as), a vaga que deveria ser deles(as) como efetivos(as). A situação foi denunciada pelo Sinpro nessa quinta-feira (20/2), no plenário da Câmara Legislativa, em comissão geral (quando a sessão ordinária dá lugar ao debate de temas de interesse social).
“Inúmeras vezes chegamos às escolas e perguntamos aos professores: quem aqui é contrato temporário aprovado no concurso do magistério? Vários levantam a mão. Mas o governo insiste em manter a educação pública precarizada”, lembrou a diretora do Sinpro Márcia Gilda durante a sessão convocada pelo deputado Gabriel Magno (PT).
Do plenário, centenas gestores(as), professores(as) CT’s organizados pelo Sinpro na Campanha Convoca Já!, além de aprovados(as) que participam também da Comissão dos Aprovados SEEDF 2022, acompanharam a reunião com placas que pediam a nomeação imediata dos(as) aprovados(as).
“É urgente que o GDF nomeie todos os aprovados e todas as aprovadas no concurso público de 2022 do magistério. Isso reflete na valorização da categoria e, consequentemente, em uma educação pública de qualidade. Essa é uma luta do Sinpro, e deve ser uma luta de toda a sociedade do DF”, disse a diretora do Sinpro Ana Bonina, que é professora CT. Ela ainda ressalta que há “previsão orçamentária para a contratação de mais de 8 mil professores”. “O que falta é vontade política.”
Mais uma vez, o GDF não enviou nenhum representante à comissão geral sobre o início do ano letivo.
Má gestão
Além da necessidade de contratação dos(as) aprovados(as) no concurso do magistério, a reunião da comissão geral também discutiu o início do ano letivo e os problemas recorrentes da rede pública de ensino.
Um dos pontos ressaltados pela diretora do Sinpro Márcia Gilda foi a superlotação das salas de aula gerada pela falta de planejamento do GDF ao longo do tempo para a construção de novas escolas. “Esse é o governo do paliativo. Nesse paliativo, o governo chega a construir salas de aula em espaços não indicados, mas não se amplia o refeitório ou a biblioteca, e ainda diminui a área de recreação das crianças”. Segundo ela, o recurso usado como paliativo deveria ser investido na construção de novas escolas, principalmente nas áreas habitacionais com maior adensamento urbano, como São Sebastião e Paranoá. “Todas essas questões impactam diretamente na saúde do pessoal do magistério, que aguenta o rojão pra manter a escola funcionando no dia-a-dia”, pontuou Márcia Gilda.
“A crise na educação é um projeto”, lembrou a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) Rosilene Corrêa, ao citar Darcy Ribeiro durante a audiência da comissão geral na CLDF.
Durante o encontro, ainda foram destacados problemas como atraso no repasse dos recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF); falta de manutenção predial; infraestrutura precária; déficit no atendimento especializado.
MATÉRIAS EM LIBRAS