Sinpro e comissão de diretores de escola se reúnem com secretário de Educação

Uma comissão formada por diretores do Sinpro e por diretores de escolas públicas do Distrito Federal se reuniu nesta sexta-feira (06) com o secretário de Educação, Júlio Gregório, para discutir, entre outros pontos, o repasse do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) e a condição das escolas às vésperas do início das aulas. O GDF havia prometido fazer o depósito os recursos do PDAF, mas até o momento os valores ainda não foram repassados.

O secretário abriu a reunião mostrando uma postura arrogante, dizendo que os(as) diretores(as) de escola deveriam procurar os coordenadores regionais de ensino para levar suas queixas de falta de recursos. Imediatamente os diretores do Sinpro protestaram quanto à postura do secretário, lembrando que as direções de escola são eleitas pela comunidade escolar (Lei de Gestão Democrática nº 4.751/2012) e que é legítima a discussão de pautas e de reivindicações referentes às dificuldades das escolas junto ao seu sindicato. O Sinpro ainda lembrou o representante do governo que quem tem que procurar o secretário de Educação para apresentar as queixas são os diretores de regional de ensino, que são indicações políticas.
Segundo a diretora do Centro de Ensino Fundamental 08 de Sobradinho II, Aira Carina, a resposta dada pelo secretário não foi animadora. “O secretário disse que as escolas receberão uma parcela do PDAF em uma ou duas semanas. Porém, esta parcela chegará sem tempo hábil para fazermos as reformas que as escolas necessitam. As obras que foram anunciadas pelo governo não estão acontecendo e acho difícil que aconteçam antes do início das aulas, dia 24. Tudo isto gera uma série de problemas. A avaliação desta reunião é de frustração e de falta de respostas”, disse a diretora.
Já para o diretor do Sinpro, Washington Dourado, ficou clara a postura do governo quanto às prioridades para a educação. “Ficou claro que o repasse de recursos do PDAF para as escolas públicas também não será uma prioridade do governo, que estende a política de arrocho nos diretos salariais da categoria para a restrição de aumento dos investimentos nas escolas”, avalia o diretor.