Sinpro-DF: 41 anos de sindicalismo genuíno

Hoje é Sábado, 14 de março de 2020, e a categoria Magistério do Distrito Federal tem motivos para comemorar: é aniversário do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF).

A trajetória do Sinpro começa em 1960, quando nascia a primeira organização representativa dos educadores da recém fundada capital federal, a Associação Profissional dos Professores do DF (APPDF). Mas, foi somente em 14 de março de 1979, que a entidade recebeu do Ministério do Trabalho a denominação de sindicato.

Pioneiro nos embates de professoras e professores, o Sinpro já havia sido construído na luta desde seu nascimento. Sua representatividade era tamanha que, em apenas dois meses após sua criação, o sindicato sofreu uma intervenção federal militar, com a destituição da diretoria e instauração de uma junta interventora. Uma eleição e posse da nova direção só aconteceram nove meses depois. Tratava-se da consolidação de uma luta iniciada que, mesmo em meio ao contexto dos anos de chumbo, conseguiu se estabelecer como maior sindicato do Brasil. De lá para cá, sua combatividade e autonomia tem sido decisivas no embates locais e nacionais.

Se por um lado o sentimento entre a categoria é de comemoração, por outro, a palavra de ordem também é coragem. Pois mesmo diante de um momento delicado das conjunturas política e econômica do país, o Sinpro é reconhecido por promover um sindicalismo de massa, classista, autônomo e democrático. Cujo compromisso é a defesa incansável dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, sempre na luta por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada para todos.

A classe trabalhadora vive um período de ataques propositais à democracia e presenciam as políticas antipovo e o desmantelamento dos serviços públicos promovidos no atual governo.
São alvos de Bolsonaro direitos essenciais como saúde e educação. Somente em 2019, por exemplo, foi anunciado um corte de mais de 1, 5 bilhão do orçamento destinado à educação. A Universidade de Brasília anunciou que o bloqueio orçamentário imposto pelo governo federal impactou em R$ 48,5 milhões a menos para o orçamento discricionário da UnB, correspondendo a 39% do total disponível para pagamento de despesas de manutenção.

E os sucateamentos dos serviços públicos não param por aí. A Emenda Constitucional 95, mantida e defendida por Bolsonaro tem inviabilizado a contratação de profissionais de saúde via concurso público e também de manutenção ou criação de programas adotados na área. Estes são apenas alguns dos desafios da categoria nesta conjuntura. Mais que nunca, é preciso manter a unidade de classe.

A diretoria colegiada do Sinpro-DF parabeniza os mais de 36 mil os(as) trabalhadores(as) filiados pela força e participação massiva em todas as atividades convocadas. O protagonismo do sindicato no passado e nos dias atuais reflete a força do Sinpro como importante agente nas lutas sociais, populares, trabalhistas, sindicais, bem como na conjuntura política do DF e de todo o país.

Hoje, nosso sindicato, por meio do apoio desta categoria de luta se firma como interlocutor de peso para que nossas aspirações e interesses dialoguem na diversidade e na busca por avanços e unidade de classe. O Sinpro seguirá firme na construção e fortalecimento de um movimento sindical representativo e alicerçado na base. Nossas conquistas reafirmam nossa capacidade de luta e empenho na organização de todos os professores e orientadores educacionais no DF.

Parabéns ao Sinpro pelos 41 anos de história. Viva o magistério! Viva a luta sindical! Viva à democracia!

Sindicato dos Professores no Distrito Federal, presente…

Diretoria Colegiada do Sipro 2019-2022