Sinpro destaca urgência da valorização do magistério em ato no 1º de maio

Professores(as) e orientadores(as) educacionais se uniram a várias outras categorias no ato político-cultural deste 1º de maio, data que celebra as lutas e conquistas históricas da classe trabalhadora. Na atividade, realizada pela Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF) e outras centrais sindicais, o Sinpro lembrou a urgência da valorização do magistério e a consolidação de uma educação pública de qualidade.

“Somos trabalhadores e trabalhadoras que podem transformar o presente e o futuro. Sem professoras e professores, orientadoras e orientadores valorizados, não há educação de qualidade”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda durante o ato político-cultural.

 

 

Com a Campanha Salarial 19,8% rumo à Meta 17 – pela reestruturação da carreira já! nas ruas e assembleia com indicativo de greve agendada para dia 27 de maio, a categoria do magistério público do DF marcará o mês da classe trabalhadora com mobilização. Na agenda de lutas da categoria estão ações de mobilização, como o Sinpro nas Cidades, assembleias regionais (22/5), além de atividades do Convoca Já! – pela nomeação de todos os aprovados no último concurso do magistério.

“Buscamos o reconhecimento do papel fundamental da categoria do magistério público na construção de uma sociedade crítica, com cidadãos e cidadãs que tenham autonomia sobre seus próprios destinos. Nossa campanha não trata apenas de números, mas da garantia de condições dignas para quem é fundamental na formação das futuras gerações. É urgente que o governo do DF reconheça isso e atenda às nossas reivindicações”, destaca Márcia Gilda.

 

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Nossa pauta
Além dos 19,8% de reajuste salarial em busca de uma remuneração que seja, pelo menos, a média dos salários das demais carreiras do GDF de nível superior, a categoria do magistério público compartilhou com os demais trabalhadores(as) presentes no 1º de maio a luta pelo Convoca Já!

O Sinpro, em parceria com os grupos “Zera Aprovados”, “Comissão dos Aprovados” e “Zera Pret@s e Pard@s”, aproveitou a celebração do Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras para ampliar o número de assinaturas para o abaixo-assinado que pede o apoio da população para a nomeação imediata de todos os aprovados no último concurso público do magistério, realizado em 2022.

A ideia é protocolar o abaixo-assinado na Comissão de Educação da Câmara Legislativa e na Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) do Ministério Público do Distrito Federal.

 

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Uma só classe: a trabalhadora
Para o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, a pauta dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais dialoga diretamente com as demandas de outros trabalhadores. “A luta da categoria do magistério é, sobretudo, por uma educação pública de qualidade: um direito de todo trabalhador e de toda trabalhadora, de seus filhos e filhas. Essa é uma luta que confronta o modelo de política que precariza o Estado e, consequentemente, valoriza a classe trabalhadora. Uma educação pública de qualidade amplia as possibilidades de um trabalhador ou futuro trabalhador no mundo do trabalho. E mais que isso, ela faz com que essa pessoa tenha consciência crítica suficiente para aprender o que é direito, o que é exploração, o que é consciência de classe”, afirma o sindicalista, que é professor de História da rede pública de ensino do DF.

 

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Para a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) Rosilene Corrêa, “0 1º de maio é momento de consolidar o reconhecimento enquanto classe trabalhadora”. “É o nosso trabalho, no dia a dia, que constrói a Nação. No nosso caso, trabalhadores e trabalhadoras da educação, isso tem ainda mais destaque, pois é o nosso trabalho que forma brasileiros e brasileiros que podem fazer com que esse país caminhe para frente, uma evolução não só econômica, mas também humana”, avalia.

 

Celebração
O 1º de Maio da Classe Trabalhadora da CUT e demais centrais sindicais foi realizado no Eixão do Lazer, na altura da 106 Sul. Com ato político-cultural, categorias de trabalhadores de todo o DF se reuniram em defesa de suas pautas individuais e coletivas. Foi ainda lembrado que a unidade da classe trabalhadora é o único caminho possível para dar fim à exploração no trabalho, aos baixos salários, à precarização das relações laborais e aos ataques aos direitos sociais.

Além de lideranças sindicais, também participaram do ato político-cultural representantes de movimentos sociais e parlamentares. Entre eles, o deputado distrital Gabriel Magno (PT) e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

A atividade foi animada com a MPB de Jairo Mendonça, o forró dos Cangaceiros do Cerrado e a potência de Os Reis do Soul, que relembraram os sucessos de Tim Maia e Jorge Bem Jor. Também teve brinquedo inflável para a criançada, foodtrucks e muita animação.