Sinpro atua em defesa da dignidade dos estudantes do CEF 11 de Ceilândia

Nos últimos sete anos, a educação pública do Distrito Federal tem sofrido com a falta de investimento do governo local. A política adotada vai além de números, e chega a atacar o direito a existência humana adequada de estudantes, professores(as) e orientadores(as) educacionais. É o caso do Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia Sul.

Desde o início do ano, a unidade escolar funciona apenas com banheiros químicos para atender 620 estudantes. Isso porque a reforma do espaço, estimada para ser concluída em 45 dias, prossegue até hoje, provocando uma série de constrangimentos e desconfortos.

A obra foi solicitada com antecedência, mas, mesmo assim, os trabalhos tiveram início com o ano letivo em andamento. “É lamentável ver nossa categoria e nossos estudantes em condições como essa. Infelizmente, as gestões das escolas passam por dificuldades para poder manter minimamente a estrutura, porque o valor do PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira) não é suficiente diante das demandas que as escolas têm, e isso mostra a desvalorização, a falta de cuidado do GDF com a educação”, afirma a diretora do Sinpro Ana Bonina.

                                                                                                                                                                                                                                                        Crédito: Luis Ricardo Machado

Estudantes do CEF precisam sair das salas e caminhar até o estacionamento da escola para usarem o banheiro

 

Em reunião com a gestão da escola nessa quinta-feira (20/3), a dirigente sindical afirmou que o Sinpro está atuando para garantir que o problema seja solucionado com agilidade. “Já solicitamos reunião com a Secretaria de Educação e vamos questionar a demora da reforma. Qual a solução que o GDF tem para isso? Nossos estudantes e nossa categoria não podem permanecer nessa situação”, diz.

Para a diretora do Sinpro Márcia Gilda, “o cenário de sucateamento das escolas públicas prejudica toda a sociedade”. “Em um ambiente insalubre, é praticamente impossível tanto executar um projeto pedagógico de qualidade como ter bom rendimento escolar. Perdemos todos nós”, afirma repudia.

Há anos o Sinpro vem denunciando a falta de estrutura em várias unidades escolares da rede pública de ensino do DF. Além de debater o tema nas reuniões da Mesa de Negociação, o Sindicato também tem como pauta permanente o investimento na educação e a garantia de espaços adequados para a comunidade escolar.

Edição: Vanessa Galassi

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