Sinpaf repudia retaliação da Embrapa contra trabalhadores

Em mais uma ação considerada desrespeitosa contra os seus trabalhadores e a Constituição Federal do Brasil, que assegura o direito de greve, a Embrapa oficializou na sexta (1º) o corte de ponto dos empregados que participaram da paralisação Nacional, promovida pelos funcionários no dia 29 de junho.
O Sinpaf, sindicato da categoria, repudia essa ação da empresa e reforça o compromisso com os trabalhadores de tomar todas as medidas judiciais cabíveis.
Na opinião da direção do sindicato, a retaliação se deve, principalmente, pelo sucesso da mobilização que aconteceu de forma pacífica em todas as unidades e, para surpresa do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, teve grande repercussão na imprensa nacional.
O corte do ponto não agride somente os empregados que participaram da mobilização, mas sim a toda a categoria, já que pretende coibir o avanço das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que afeta diretamente a todo o quadro de empregados.
Essa atitude esdrúxula e antissindical da empresa tem o objetivo claro de amedrontar os trabalhadores. “Mas mesmo diante desse fato não nos curvaremos às represálias e seguiremos em frente, ainda mais fortes na luta pelos nossos direitos”, diz nota da direção do Sinpaf.
A paralisação do dia 29 foi um alerta para que a Embrapa reabra as negociações com os servidores. O reajuste proposto pela empresa de 8,28% é menor do que a inflação do período de abril a maio (9,28%). Os servidores também querem 1,8% referente ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola de 2015. Há reivindicações ainda relativas aos Adicionais de Insalubridade e Periculosidade, Auxílio Alimentação e Refeição, fornecimento de café da manhã, Auxílio Creche/Pré-escola/Babá e Escola, Promoção e Critérios, Jornada Especial para Motoristas e Licença Maternidade e Paternidade. Segundo os funcionários, o órgão ainda enfrenta um contingenciamento no orçamento destinado às pesquisas.