Servidores do DF realizam ato contra PLP 257 e calotes de Rollemberg

Contrários ao PLP 257/2016, centenas de servidores da administração direta, fundacional, das autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal realizaram ato nesta quinta-feira (7). Eles deram um abraço simbólico no Palácio do Buriti para demonstrar o repúdio ao projeto que traz uma série de prejuízos ao funcionalismo das três esferas, além de exigirem o fim dos calotes implementados pelo governo Rollemberg.
Segundo André Conceição, presidente Sindser – sindicato que representa a categoria presente no ato –, a ação contra o projeto anti-servidor é o primeiro de muitos que serão realizados. “Somos contraoPLP 257 e contra os calotes do GDF. Convocamos toda a categoria para apoiar essa luta”, disse.
O PLP 257 tramita na Câmara dos Deputados e propõe, entre outros retrocessos, congelamento de salários, suspensão de novos concursos públicos e aumento na contribuição previdenciária.
Servidores contra calote
Em 2013, foi concedido reajuste salarial a 32 categorias do serviço público do Distrito Federal. O pagamento seria feito em três parcelas anuais, sendo que a última deveria ser paga em novembro de 2015. Entretanto, mais uma vez o governador Rollemberg deu o calote nos servidores que, até agora, não receberam o valor devido.
O governo distrital chegou a anunciar que a parcela seria paga em janeiro deste ano. Entretanto, um novo pronunciamento foi feito indicando, sem certeza, o pagamento da última parcela do reajuste salarial apenas em outubro.
“É um absurdo o governo demorar tanto para pagar o que deve. Enquanto isso, o funcionalismo sofre com arrocho e projetos que prejudicam trabalhadores”, disse Francisco Alves, dirigente Sindser-DF.
Ameaça de demissão
Outro ponto destacado durante o ato desta quinta-feira (7) foi o documento do GDF que pede a rescisão contratual de empregados aposentados pelo INSS, mas que estão na ativa. Cerca de 1.500 trabalhadores das empresas SAB, Codeplan, Novacap, Terracap, Emater, Ceasa e TCB estão ameaçados a serem demitidos.
De acordo com o presidente do Sindser-DF, André Conceição, o sindicato tem orientado as empresas públicas a não assumirem compromisso de demissão, pois o pedido do GDF não tem fundamento. Além disso, caso haja demissões, é preciso pagar verbas rescisórias. “Isto é enganoso, o governo afirma que não tem recursos para pagar os servidores, mas para pagar rescisão tem. Estamos mobilizados contra essa iniciativa, pois este termo de demissão afeta todo o funcionalismo. Não podemos aceitar”, disse.