Senado aprova texto novo do PLP 39 e mantém professores fora do congelamento

Os(as) professores(as) foram excluídos da lista de categorias do serviço público que ficarão com os salários e benefícios da estrutura da carreira congelados por 18 meses. Na votação do PLP 39/2020, na tarde desta quarta-feira (6), os senadores acataram o texto alterado pela Câmara dos Deputados e mantiveram a Emenda de Plenário nº 11, que retirou os trabalhadores da educação do congelamento.

A emenda, apresentada pela bancada do PT e aprovada pela Câmara dos Deputados, na terça-feira (5), foi aprovada no Senado Federal, nesta quarta-feira (6), por unanimidade, com 80 votos favoráveis, nenhum voto contrário e nenhuma abstenção. Com isso, os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais ficam, definitivamente, de fora do congelamento proposto pela equipe econômica do governo Bolsonaro por meio do PLP 39/2020.

A diretoria colegiada do Sinpro-DF parabeniza, mais uma vez, a categoria pela rápida adesão e atuação nas redes sociais intercedendo perante os senadores para assegurar o pleito do movimento. Professores(as) e orientadores(as) foram para as redes sociais, se manifestaram e entraram em contado com os parlamentares e com suas assessorias.

“Diversos parlamentares e assessorias de senadores entraram em contato, na tarde desta quarta-feira, com a diretoria, para conversar sobre a inclusão de professores e, com isso, dá retorno à diretoria da atuação da nossa entidade que, já há alguns dias, vem fazendo esse trabalho de convencimento de parlamentares de não incluir nesse congelamento os trabalhadores da Educação”, afirma Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.

O efeito dessa atuação foi comprovado quando, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) pediu aos senadores para acatar o pleito dos professores e mantivessem a categoria livre disso e que a Educação tinha de ficar fora do pacote de congelamento. O desejo do Sinpro-DF, da CNTE e da CUT era o de que nenhum servidor público tivesse a sua remuneração congelada, até porque não tem sido essa a prática dos demais países no enfrentamento da pandemia.

As economias e a vida andam juntas. Uma não existe sem a outra. Os trabalhadores precisam do seu trabalho e da sua remuneração com poder aquisitivo equivalente aos valores de mercado para viverem. Contudo, a totalidade do pleito não foi acatada, os parlamentares tiveram de fazer uma espécie de “escolha de Sofia” para salvar o máximo possível de trabalhadores desta situação. Foi nesse cenário que surgiu a ideia de retirar a Educação do congelamento.

A participação atuante nas redes sociais é um dos recursos que a categoria tem utilizado em situações emergenciais. Embora não substitua as ações presenciais, a Internet e a participação massiva de todos e todas pelas redes sociais produzem efeitos positivos.  Muitos disseram que a mobilização virtual não surtiria efeitos positivos porque esse era mais um caso perdido. No entanto, a mobilização pelas redes sociais e telefone provaram, mais uma vez, esse recurso, quando abraçado, funciona e muda realidades.