Sem investimentos do GDF no Batalhão Escolar, comunidade escolar sofre com a violência

Em matéria publicada nesta quinta-feira (10) pelo Jornal de Brasília, uma estudante do CED 07 de Taguatinga foi assaltada e espancada no início da manhã, minutos antes do início das aulas.
É fundamental que o GDF volte a investir em segurança e que reforce o efetivo Batalhão Escolar (algo que não vem fazendo), para que ele esteja presente em todas as escolas da rede pública, garantindo a segurança e tranquilidade de toda a comunidade escolar.
Segue a matéria:
Assalto e espancamento a estudante expõem rotina de medo em Taguatinga
O caminho para a escola tem sido acompanhado pelo medo, em Taguatinga. Depois de recorrentes assaltos nas proximidades do Centro Educacional 7, na EQNM 36/38, alunos, pais e moradores da região pedem socorro. A ocorrência mais recente aconteceu na manhã da última terça-feira. Na ocasião, uma estudante de 17 anos foi abordada e espancada a caminho do colégio por um criminoso de bicicleta.
Por volta das 7h, a vítima foi assaltada pouco antes de chegar ao CED 7. Segundo a diretora da instituição, Ana Célia Sousa da Costa, a menina entregou o celular, mas o suspeito também quis a mochila. “Ele não acreditou que a aluna só estava com aquele aparelho velho e que dentro da bolsa só tinha livros, mas era verdade. Há poucos dias, ela já tinha sido assaltada e levaram seu smartphone”, relata.
Ainda de acordo com a diretora, em seguida, o homem caiu com a bicicleta sobre a vítima e começou a espancá-la. “Ela ficou toda machucada e quebrou dois dentes. Foi socorrida pela comunidade, veio para a escola e, depois, para o hospital”, completa.
A estudante não corre risco e já recebeu alta médica. No entanto, precisa ter uma atenção maior ao ferimento no rosto. “A mandíbula carece de atenção”, acrescenta. Segundo Ana Célia, a adolescente não é a primeira a ser assaltada no trajeto para a escola. “Vários alunos já foram vítimas. Acredito que a violência seja um problema geral da região de Taguatinga. Isso porque o Batalhão Escolar sempre nos apoia”, afirma.
Já o pai da jovem agredida, o açougueiro Manoel Firmino, 38 anos, implora por segurança. “Minha filha está bem, mas com muita dor. Estou extasiado com a situação. Hoje, aconteceu com ela. Amanhã, pode ser com a filha de outra pessoa. O policiamento precisa ser reforçado ali, pelo menos nos horários de pico. Essa é a segunda vez que ela passa por isso”, declara. Há um mês, a menina foi abordada por um criminoso armado com faca.
Manoel lamenta não ter condições de pagar uma escola particular. “É difícil ver os estudos da minha filha serem prejudicados pela violência. A realidade é que estamos reféns da criminalidade”, conclui. Procurada pelo JBr., a Comunicação da PM não respondeu até o fechamento desta edição.
Presença do Batalhão Escolar
Na tarde de ontem, a direção do CED 7 se reuniu com o 3º Batalhão Escolar, que garantiu reforçar o policiamento nas proximidades do colégio. “Eles vieram agradecer o nosso apoio. Somente naquela escola, fizemos 65 operações de prevenção no primeiro semestre. Ainda assim, vamos aumentar a quantidade viaturas e de militares no endereço. Inclusive, o policiamento a pé será reforçado”, afirmam o major Edney e o capitão Newton. Eles lembram que, atualmente, duas viaturas fazem a segurança nas escolas em Taguatinga e que, no total, são 150 instituições públicas e particulares em todo o DF.
Morador de uma casa em frente ao centro educacional, o repositor de mercadorias Vanderley da Cunha Rabelo, 56 anos, também lamenta a incidência dos casos. “Por sorte, eu nunca fui assaltado, mas um homem armado levou o carro da minha sobrinha aqui. Todo dia, ficamos sabendo de novas vítimas, em especial os estudantes. As câmeras não inibem a ação”, conclui.