Reajuste salarial dos professores: Sinpro cobra proposta real para cumprimento da Meta 17

A Comissão de Negociação do Sinpro voltou a se reunir com o Governo do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira (02) para discutir a pauta da categoria, em especial quais estratégias o governo irá adotar para o cumprimento das metas do Plano Distrital de Educação. A reunião de hoje foi pautada pela Meta 17, que fala da isonomia salarial. O objetivo da meta é valorizar os profissionais da educação da Rede Pública de Educação Básica, ativos e aposentados, de forma a equiparar seu vencimento básico, no mínimo, à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do DF, com nível de escolaridade equivalente, até o quarto ano de vigência deste PDE.
O governo apresentou uma simulação de metodologia de cálculo para se atingir a Meta 17, mas em nenhum momento ofereceu uma proposta concreta de reajuste salarial à categoria. Em vários momentos o Sinpro criticou a postura do GDF em não apresentar uma proposta concreta e enfatizou que os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais estão às vésperas de uma assembleia geral com indicativo de greve, e a falta de propostas do governo prejudica ainda mais o diálogo com a categoria.
A Meta 17 do PDE define que temos de chegar à média salarial com as carreiras públicas de nível superior do Distrito Federal num período de 4 anos. Em 2016, segundo dados do Dieese, a categoria deveria ter tido o reajuste de 18%, mas o governo Rodrigo Rollemberg (PSB) preferiu manter o calote e nem sequer pagou a tabela de setembro de 2015. Trata-se de um cálculo que deve ocorrer ao longo da vigência da Meta 17. Hipoteticamente, se esse cálculo fosse dividido pelo período de vigência da Meta (até julho de 2019), seria, portanto, de 18%, neste momento.
A Comissão de Negociação salientou que será um marco muito negativo para o governo Rollemberg o fato de não conseguir nenhum avanço real na tabela salarial, fato inédito na história do DF. Para o Sinpro, o que a categoria quer é um debate em cima do que está no PDE. O governo precisa trabalhar na perspectiva de que a categoria está desconfiada e com uma assembleia com indicativo de greve bem próxima. É preciso que o GDF trabalhe melhor na perspectiva dos 18%, que vem de todo o acúmulo de perdas desde março de 2015, além do parâmetro do PDE. É preciso ter disposição para apresentar uma proposta concreta e imediata.
A próxima reunião entre o Sinpro e o governo ficou marcado para o dia 10 de fevereiro, às 10h.
Diante de tudo isto o Sinpro convoca os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais para assembleia geral com indicativo de greve dia 13 de fevereiro. Precisamos estar juntos e fortalecer a luta contra a agenda de retrocessos encontrada nos cenários local e nacional, e para decidir os rumos da categoria em 2017.