Queimadas provocam suspensão de aulas em escolas da rede pública de ensino

Após as constantes queimadas no Parque Nacional de Brasília, as aulas em escolas públicas nas regiões mais afetadas serão suspensas. A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) autorizou gestores(as) das unidades escolares mais afetadas com a fumaça a suspenderem as aulas nesta segunda-feira (16), garantindo, posteriormente, a apresentação de um calendário para reposição das aulas.

Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16/9) a fumaça e a fuligem cobriam boa parte da Asa Norte, comprometendo as condições climáticas e a qualidade do ar (imagem ao lado).

Desde o início da série de queimadas criminosas que acometem boa parte do país, a Comissão de Negociação do Sinpro tem questionado a SEE-DF sobre a manutenção das aulas na rede pública. Associadas à baixa umidade relativa do ar e à onda de calor, as queimadas têm prejudicado a qualidade do ar, colocando a vida de estudantes em risco. Dentre os problemas decorrentes do ar poluído e carregado por conta de incêndios estão quadros de bronquite aguda, sinusite, conjuntivite e até infecções de pele. O produto da combustão pode ter mais de 5 mil substâncias, algumas delas podendo gerar o agravo na saúde.

O Sinpro salienta a importância da Gestão Democrática no processo de suspensão das aulas, pois os(as) gestores(as) vão precisar organizar todo o processo neste momento de calamidade provocado pelas queimadas. O diálogo entre os(as) profissionais de educação e a comunidade escolar será crucial para que medidas sejam tomadas em prol da saúde de estudantes, de professores(as) e de orientadores(as) educacionais.

É importante que os(as) gestores(as) orientem a categoria e a comunidade escolar a seguir as recomendações de saúde e segurança emitidas pelas autoridades competentes, e caso optem por manter as atividades nas escolas, que estabeleçam plantões e escalas de serviços, de forma a evitar prejuízos a essas unidades e às comunidades atendidas.

 

Incêndios criminosos

A capital federal sofre com uma das maiores secas da história, com mais de 140 dias sem chuva. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chover até quarta-feira (18), quando o Distrito Federal deve completar 148 dias sem chuvas, ultrapassando uma estiagem de 2004, que durou 147 dias.

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