No dia do aniversário de Brasília, professores realizam carreata pela vacinação e contra aulas presenciais na pandemia

Nessa quarta-feira (21), dia do aniversário de Brasília, os professores do Distrito Federal fizeram uma comemoração diferente. Realizaram uma carreata para expressar indignação e revolta com a forma como a categoria tem sido tratada durante a pandemia da Covid-19 e reivindicar ações dos governos federal e distrital.

 

 

“Essa foi uma ação da educação em defesa da cidade, da vida e pela vacina”, afirmou Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF. A carreata exigiu do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Palácio do Planalto um cronograma de vacinação, que inclua os profissionais da educação e que garanta a segurança de toda a população.

 

 

A atividade, que reuniu mais de 100 carros na concentração e foi aumentada durante o percurso na Esplanada dos Ministérios, foi uma realização do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), que representa professores da rede pública de ensino, e pelo Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep). A carreata começou com uma concentração, às 9h, no estacionamento da Funarte, região central de Brasília.

 

 

O tema foi “Manifestação em defesa da saúde e da vida”. Os sindicatos solicitaram aos participantes evitar aglomeração no ponto de partida e pediu para que todos permanecessem em seus carros, usando máscaras de proteção. Nos carros havia todo tipo de manifestação escrito em faixas de todos os tamanhos, desde contra a privatização da educação pública até em defesa da vacinação em massa: “#VacinaJá”. Houve também adesão do movimento estudantil, que defendeu o direito à vida e à vacina.

 

 

“O objetivo desta carreata é mostrar para a sociedade, mas, sobretudo, para o governador Ibaneis e para a Presidência da República deste País, a necessidade da urgência da vacinação para toda a população”, afirmou Rosilene, durante a carreata.

 

 

“Estamos aqui também para denunciar que a deputada federal Paula Belmonte, do Cidadania do Distrito Federal, apresentou um projeto de lei, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com o qual determina que a educação é serviço essencial presencial. Ora, queríamos muito que a educação fosse reconhecida pelo Congresso do nosso País como sendo uma profissão, um serviço essencial e que durante todos os dias de todos os anos nós estivéssemos dentre as prioridades daqueles parlamentares, mas o que ela fez uma tentativa de colocar mais e mais pessoas na fila da morte”, denunciou a diretora do Sinpro-DF.

 

 

Paula Belmonte (Cidadania-DF) apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 5.595/20, aprovado pela Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (20), que permite a volta às aulas presenciais durante a pandemia e estabelece a educação básica e superior como serviço essencial. A matéria vai ao Senado Federal. A versão aprovada pelos parlamentares foi o substitutivo da relatora, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que modificou o texto e considerou a atividade como essencial, além de estabelecer diretrizes para o retorno às aulas presenciais.

 

 

Rosilene criticou os deputados federais e disse ainda que “o Distrito Federal vive um caos, com a pandemia matando todos os dias, pessoas nas filas esperando por uma vaga de UTI que não chega e,mesmo neste cenário, sofremos uma pressão enorme para o retorno das aulas presenciais. Isso não pode acontecer porque isso significa colocar na fila da morte mais e mais pessoas”.

 

 

Rodrigo de Paula, diretor do Sinproep, responsabilizou o governo pela falta de vacina. “Infelizmente, por falta de política do GDF até o presente momento nós não temos um calendário de vacinação”.

Confira, a seguir, o vídeo da carreata: