Professores(as) reafirmam que não aceitarão calote

 
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Sob o argumento do aumento crescente da parcela que o GDF desembolsa para completar o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) – o chamado transbordo – e pagar os servidores públicos, o governo Rollemberg ameaça retirar direitos do pessoal da Educação.
Novamente falando pela mídia, o governo culpa os servidores para se justificar antecipadamente de um possível calote aos(às) professores(as) e da falta de investimentos em outras áreas, escondendo a fragilidade ou a má fé do GDF.
Matéria de capa do Correio Braziliense desta segunda-feira (9) informa que “participação do governo local no pagamento de salários aumentará 139% neste ano. Dinheiro da União garante o contracheque dos servidores da Segurança, mas é insuficiente para bancar outras áreas. Buriti teme restrição de investimentos”.
Ao longo da matéria, o texto destaca que “dentro do próprio governo, porém, há estudos para tentar derrubar os ganhos salariais prometidos na gestão Agnelo Queiroz, inclusive do ponto de vista jurídico”.
Isso tem nome muito claro: calote.
A diretoria do Sinpro lembra, mais uma vez, que a categoria não possui nenhum tipo de “acordo” com o GDF, e sim uma lei que a ampara legalmente – a 5.105/2013, que reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e reajusta os salários dos professores em março e setembro próximos.
Fruto direto da greve de 52 dias que os(as) professores(as) realizaram em 2012, a instituição da Lei 5.105, em 2013, contou com apoio do próprio Rodrigo Rollenberg (foto), à época senador. O atual governador não só apoiou o movimento, enfatizando a necessidade da categoria, como deu respaldo para que os docentes tivessem, enfim, a reformulação do plano de carreira e a reestruturação salarial.
O Sinpro enfatiza que a categoria não aceitará nenhum tipo de calote ou oportunismo e que todas estas questões serão abordadas na assembleia geral, convocada para o início do ano letivo, em 23 de fevereiro.