Professores de Minas firmam acordo com o governo estadual
Na sexta-feira passada (15), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) assinou com o governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), o Termo da Proposta Salarial e de Carreira dos Trabalhadores em Educação da Rede Estadual. A decisão de aceitar as propostas foi votada em assembleia da categoria, realizada um dia antes.
Na ocasião, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, fez questão de pontuar os momentos difíceis e de embates travados pelos educadores nos últimos dez anos, nos governos de Aécio/Anastasia. Também lembrou que a categoria já teve dois acordos assinados com o objetivo do pagamento do Piso Salarial: em 2010 e em 2011 e que o governo do PSDB não cumpriu.
“Minas Gerais demorou sete anos para cumprir uma lei que é de 2008. Então, o nosso Estado está devendo muito à educação. Essa é uma conquista da nossa luta, do esforço que a categoria tem feito para fazer valer os seus direitos. Não estamos assinando esse acordo agora porque temos um governo bonzinho. De fato, reconhecemos o esforço da atual equipe em negociar, mas fizemos muito para conquistar esse momento histórico”, disse, reafirmando que esse é apenas o início da recuperação da profissão e da carreira de educador.
O governador Fernando Pimentel fez críticas aos Estados em que a categoria ainda está em greve e disse que “construiu consenso” para evitar paralisação.
“Ao contrário de outros Estados, onde nós estamos assistindo até espetáculos lamentáveis de agressão aos professores, em Minas nós construímos o diálogo, o consenso”, disse após a cerimônia.
“Em Minas Gerais, os professores são tratados com respeito, com dignidade, como deve ser com todas as categorias profissionais”.
Beatriz Cerqueira enfatizou que a mobilização continua, “porque temos ainda demandas importantes a serem negociadas com o governo do estado: quadro de escola; distorções na carreira e remuneração para os servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e Órgão Central, discussão sobre o os direitos que os educadores possuíam antes de ser implementada a política de subsídio, edital para eleição para direção de escola, IPSEMG e demais reivindicações da Pauta protocolada em fevereiro deste ano”.
No documento assinado entre educadores e governo, ficou acordado um reajuste de 31,78% a ser pago em dois anos para professores de educação básica, descongelamento das promoções nas carreiras dos docentes e outros benefícios. O projeto foi enviado à Assembleia Legislativa.
A direção estadual do Sind-UTE/MG acompanhará a tramitação do projeto de lei, discutindo distorções nas carreiras que não foram objeto desta primeira negociação. A categoria realiza assembleia, no dia 16 de junho, para avaliar estas demandas pendentes.
Com informações do Sind-UTE/MG