Professora conta suas experiências por meio da literatura
Escritora, professora aposentada e entusiasta da literatura brasileira, Hilda Mendonça utiliza da escrita para falar um pouco das experiências vividas ao longo da vida. Natural de Alpinópolis-MG, em 1975 a educadora mudou-se para Brasília após ser aprovada em concurso para a rede de ensino do Distrito Federal. Desde então trabalhou em Taguatinga como professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira durante 25 anos e vem retratando suas experiências em livros. Ao todo foram 29 obras escritas nos mais diversos gêneros, como folclore, contos, crônicas, poesias, novelas, romance e literatura infantil.
Durante o período de magistério participou do projeto “Leitor Criador”, das escolas públicas do DF, e do projeto Luz e Autor em Braille (PLAB), da biblioteca Braille Dorina Nowill. Recebeu várias homenagens ao longo de sua carreira, destacando-se a escolha de seu nome para a biblioteca do CEM-EIT Taguatinga, que passou a se chamar Biblioteca Hilda Mendonça. Além disto, é membro fundadora da Academia Taguatinguense de Letras, cadeira nº 4, patrono Humberto de Campos.
Em “A Grande Virada”, sua mais recente obra, a escritora volta aos anos 2000, em pequenas cidades de Minas Gerais e de Brasília, cenário onde acontece uma história de amor entre uma médica e um músico. Segundo Hilda, a obra surgiu a partir de uma observação, como professora de literatura, de que os autores não possuem o hábito de registrar as passagens de século, ou dos anos.
Influência do Sinpro
Diluindo um pouco de si em todos os personagens e histórias escritas, Hilda Mendonça revela que começou a escrever ainda muito jovem e o Sinpro tem muita influência nesta carreira. “Não costumava apresentar meus textos ao público e na década de 80 o Sinpro lançou um concurso de contos. Fui premiada em três anos consecutivos e assim comecei a me considerar uma escritora”, brinca Hilda, complementando que o espaço do Sinpro é um incentivo aos escritores, já que grande parte dos escritores de Brasília são professores. “Quando o Sindicato dos Professores realizava este concurso revelou muitos autores, alguns com notoriedade nas letras brasilienses. Creio que está na hora de voltar com este projeto maravilhoso”, finaliza.