Privatização provoca energia cara e péssima prestação de serviços

A privatização da energia elétrica no Brasil tem custado, literalmente, caro para o bolso do(a) trabalhador(a) brasileiro(a). “Vendida” como a solução para problemas de distribuição, qualidade do serviço e com a promessa de oferecer valores mais baixos para o consumidor, o governo de Jair Bolsonaro, em parceria com governos estaduais, vendeu gato por lebre e quem está pagando o pato nessa história é a população.

No dia 30 de setembro o governo federal realizou o primeiro leilão para compra de energia gerada em usinas termelétricas imposto ao Estado pela lei que autorizou a privatização da Eletrobras. O leilão obrigou o governo a comprar energia mais cara que a habitual e contribuiu com o aumento do custo da energia elétrica no país. Para os privatistas, a jogada saiu conforme o combinado, mas para quem paga a conta, ou seja, cada um de nós, o tiro saiu pela culatra.

Antes da privatização da Eletrobras, governos estaduais, a exemplo do Distrito Federal, já haviam vendido suas companhias elétricas para o setor privado seguindo a diretriz da política de Bolsonaro. Várias contas após a privatização, consumidores(as) reclamam dos serviços prestados e do aumento constante das contas. No Distrito Federal, a privatização da energia tem gerado reajuste da conta de luz bem acima da inflação oficial.

Antes mesmo da privatização da estatal, o Coletivo Nacional dos Eletricitários avaliou que a medida fatalmente iria ferir a economia popular e causar prejuízos à população brasileira, elevando a conta de luz em até 16,7% num primeiro momento, além de elevar o custo da indústria, das famílias e de toda a cadeia de produção da economia em R$ 460 bilhões por 30 anos.

Para a população do DF, a venda da Companhia Energética de Brasília (CEB) trouxe tarifaço e péssimo serviço prestado. O histórico é compartilhado por consumidores dos estados de Goiás, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Piauí e Alagoas, que penam com o descaso na prestação de serviço privatizado. “Nós, enquanto sindicato, lutamos contra essa privatização da CEB porque sabíamos que quem pagaria a conta no final de tudo seria a população. Hoje, com a privatização, temos tarifas altíssimas e apagões. Esse é um legado marcante que o governador Ibaneis Rocha está deixando”, lamenta a diretora do Sinpro Luciana Custódio.  

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