Presidente da Casa da Moeda destitui comitê para nomear amigo que mora com ele

Presidente da estatal, Eduardo Zimmer Sampaio, divide uma casa no Condomínio Vivendas da Barra, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, com o diretor da estatal, Saudir Luiz Filimberti, diz a Folha de S. Paulo

O presidente da Casa da Moeda, Eduardo Zimmer Sampaio, substituiu os integrantes do comitê de elegibilidade da empresa para aprovar a nomeação do amigo dele, Saudir Luiz Filimberti, para o cargo de diretor de Inovação e Mercado, com salário superior a R$ 40 mil por mês, traz nesta sexta-feira (17), o jornal Folha de São Paulo

Segundo a reportagem, Filimberti , divide uma casa com o presidente da estatal, no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, o mesmo de Jair Bolsonaro.

O nome de Filimbert, ex- diretor do Detran do Rio Grande do Sul, foi rejeitado pelo comitê encarregado pela análise do currículo de indicados à diretoria da Casa da Moeda, por não possuir os requisitos necessários para ocupar o cargo.

Inconformado, o presidente da Casa da Moeda, no mesmo dia em que o amigo foi rejeitado, consultou o departamento jurídico da companhia sobre a possibilidade de destituição do comitê de elegibilidade, que era composto por dois funcionários do departamento jurídico e um auditor, como recomenda o estatuto da empresa.

Eles foram substituídos pelo atual chefe de gabinete e superintendente de recursos humanos.

Esta não é a primeira vez que Zimmer coloca na direção da Casa da Moeda, profissionais que não foram aprovados pelo antigo comitê gestor.

O atual diretor de gestão, Fábio Rito, também havia sido rejeitado. Rito foi responsável pela crise com os funcionários da Casa da Moeda ao dar uma entrevista, no último dia 13, em que defendeu a privatização da estatal e o enxugamento do quadro funcional. Após as declarações, os trabalhadores ocuparam a Casa da Moeda e a direção foi obrigada a sair sob escolta dos seguranças.

A Casa da Moeda é uma das 19 estatais que Jair Bolsonaro promete vender para a iniciativa privada.

Com informações da Folha de São Paulo

Fonte: CUT Brasil