Plano de Educação da Cidade Ocidental volta à pauta na Câmara
Terminou na noite dessa terça-feira (4) o prazo para que as comissões da Câmara Municipal da Cidade Ocidental emitam parecer sobre o Plano Municipal de Educação- PME. Alterado pela prefeita da cidade, o PME deveria ter sido votado antes do recesso parlamentar, porém por pressão da comunidade e do sindicato que representa os servidores na região, o Sindserco, a votação adiada.
“Já estamos mobilizando os trabalhadores e avisando a todos e todas que se as comissões cumprirem o prazo, a qualquer momento o PME pode ser votado e é fundamental que os trabalhadores e a população em geral compareçam às mobilizações e pressionem os parlamentares para que o texto alterado pela prefeita não seja aprovado”, afirma o presidente do Sindserco, Osman Telles.
Entenda o caso
Ao longo de dez meses uma Comissão, formada por professores e diretores das escolas, pais e mães de alunos, quilombolas e representantes do Executivo e Legislativo municipal, elaborou um material conjunto e minucioso para nortear as diretrizes educacionais do município nos próximos dez anos.
Apesar disso, a prefeita Giselle Araújo entregou para votação um projeto diferente do elaborado pela Comissão. Com mais de 50 páginas, o documento entregue pela prefeita não teria tempo de ser examinado pelos vereadores, tendo em vista que Giselle Araújo apresentou o material no prazo final estipulado para votação.
Golpe desmascarado
Ao tomar conhecimento que a votação do PME coincidiria com a chegada do documento, a Câmara Municipal solicitou em caráter de urgência que os membros da Comissão se reunissem para análise do texto e montassem um parecer a respeito. Ao analisar o material, foi descoberto que a proposta elaborada havia sido alterada.
Porém, para a surpresa da prefeitura, o prazo para a votação foi estendido e o presidente da Comissão de Educação da Câmara, o vereador Paulo Rogério, declarou que a CEC só emitirá parecer favorável ao projeto quando o mesmo estiver idêntico ao que foi elaborado pela sociedade.
“Muitos vereadores garantiram ao Sindicato que não vão permitir que o PME seja votado com as alterações da prefeitura, exigindo que o texto original proposto pela sociedade seja apresentado. Apesar disso, esperamos que a comunidade esteja mobilizada para pressionar a Câmara dos Vereadores e deixar claro que nós estamos atentos e não vamos permitir que o PME saia de seu plano original, que é atender aos interesses da população escolar”, explica o presidente do Sindserco, Osman Telles.