30 de janeiro: Dia Mundial da Não Violência e Cultura de Paz

O dia 30 de janeiro foi postulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial da Não Violência e Cultura da Paz. A data lembra o dia da morte de Mohandas (Mahatma) K. Gandhi, cujo assassinato ocorreu nesse dia em 1948. Além de homenagear o pacifista indiano, a ONU tem a data como mais um dia de promoção da educação para a paz, a solidariedade, o respeito, os direitos humanos e para que o mundo, sobretudo os governantes, busquem a mediação de conflitos.

Um manifesto pela cultura de paz, redigido por pessoas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz e intitulado “Manifesto 2000: Por Uma Cultura de Paz e Não Violência” http://www.dhnet.org.br/direitos/bibpaz/textos/m2000.htm, traz oito pilares para a promoção da cultura da paz definidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a saber: educação para a criação da cultura da paz; solidariedade e tolerância; participação democrática; fluxo de informações; desarmamento; direitos humanos; desenvolvimento sustentável; igualdade de gênero.

As guerras no mundo

A despeito de considerar que a paz é possível em qualquer situação, o Sinpro lembra que os pilares do manifesto da ONU são fundamentais, uma vez que todo tipo de violência passa pelo desrespeito a pelo menos um desses pilares. O sindicato ressalta, como exemplo desse desrespeito, as cinco guerras que acontecem no mundo neste início de ano. Um levantamento da BBC, divulgado em novembro de 2023, indicava que o planeta estava mais violento do que no começo do século e previa que chegaria em dezembro de 2023 com pelo menos oito grandes guerras e outras dezenas de conflitos armados por causa de territórios ou governos.

“É seguro dizer que haverá pelo menos oito guerras, mas provavelmente mais, e possivelmente dez (até o fim do ano)”, disse, na ocasião, Therese Petterson à BBC News Brasil. Segundo o jornal inglês, ela é coordenadora do Uppsala Conflict Data Program (UCDP) < https://ucdp.uu.se/>,  um projeto sueco que pesquisa, organiza e publica dados verificados sobre conflitos e é usado como referência por órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Banco Mundial e outras entidades internacionais.

O planeta começa o ano de 2024 com cinco grandes conflitos por dominação de territórios e rapinagem dos países imperialistas a riquezas naturais, sendo os maiores deles a guerra de Israel contra os palestinos, cujo genocídio só é comparável à Segunda Guerra Mundial e apresenta características de limpeza étnica; o conflito entre Azerbaijão e Armênia em Nagorno-Karabakh; guerra entre a OTAN/Ucrânia contra a Rússia; guerra da Síria; e a guerra civil no Iêmen. Outros conflitos armados em grande escala estão acontecendo em Burkina Faso, Somália, Sudão, Mianmar, Nigéria.

Educação para a paz

O sindicato defende o combate, intransigente, a todo tipo de violência e ressalta a importância de cada pessoa se comprometer e assumir valores civilizatórios para assegurar a paz. Também alerta para o fato de que a cultura da paz começa em nível pessoal, passa pelas relações familiares, segue para a sociedade e daí para o mundo.

 

A ONU também traz a Agenda 2030, que trata da promoção de uma sociedade pacífica e inclusiva. A meta do organismo internacional é reduzir todas as formas de violência até 2030. Para isso, precisa de promover a cultura de paz dentro – e fora – das escolas. A educação para a paz é uma das formas de chamar a atenção de grandes populações para os problemas sociais e mostrar essas questões são de responsabilidade de todos e todas e não somente de um ou de outro.

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