Ocupações nas universidades se ampliam contra sucateamento da educação

Apesar da insegurança, das ameaças e dos inúmeros ataques contra os estudantes que participam das ocupações, o movimento em defesa da educação pública e de qualidade e contra o desmonte do sistema educacional segue resistente. De acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), mais de 170 universidades públicas estão ocupadas em todo o país, incluindo a UnB.
Em Brasília, estão ocupados o prédio da Reitoria, o Quilombo, a faculdade de Planaltina, os prédios da Arquitetura, Comunicação, Artes Visuais, Pavilhão João Calmon, Pavilhão Anísio Teixeira, Ciências da Informação e o Centro de Excelência em Turismo (CET), ambos na Universidade de Brasília (UnB). O movimento ocupa, também, os campis dos Institutos Federais de Riacho Fundo, Samambaia, Planaltina e Setor O.
Os estudantes são contrários à Pec 55 (ex 241 na Câmara), que congela o investimento em educação e saúde por 20 anos, a Medida Provisória (MP) 746/2016, que trata da nefasta e tecnicista reforma do ensino médio e o projeto “Escola sem Partido”, popularmente conhecido pela alcunha de “Lei da Mordaça”, que quer cercear e censurar o debate e o pensamento crítico na educação.
O movimento dos estudantes ganhou tanta força que universidades particulares aderiram à mobilização. A primeira unidade foi a PUC de Minas Gerais. A instituição está ocupada desde quinta-feira (3), após assembléia geral com 600 estudantes. O protesto é contra os avanços da política neoliberal do governo golpista de Michel Temer que ameaça, com cortes drásticos, as políticas públicas de educação e benefícios estudantis como o FIES e Prouni.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro/DF), Gabriel Magno, os secundaristas estão se organizando para novo ciclo de ocupações nas escolas públicas no DF. “Apesar de não estarmos acompanhando as ocupações dos universitários como acompanhamos os secundaristas, temos mantido o diálogo com os movimentos estudantis para garantir apoio”, disse.
Notas de apoio
Instituições e entidades têm manifestado apoio ao movimento estudantil. Dessa vez, o Coletivo de Advogados que acompanha a legítima manifestação dos estudantes no Distrito Federal criou um email para receber relatos, vídeos, fotos ou qualquer forma que mostre violação dos direitos dos estudantes.
O material será apresentado à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para que tome as devidas providências. O email para envio dos relatos é denunciaocupa@gmail.com.  Veja a nota na íntegra: