Nota do Sinpro | A escola é vítima da violência

O Sinpro-DF vem debatendo a violência nas escolas nas suas instâncias à luz da realidade que se construiu no Brasil e no Distrito Federal nos últimos anos. O caso de agressão contra um professor no CED 04 do Guará deixa todos consternados, e leva a reflexões sobre as causas dessa violência.

A fúria contra educadoras e educadores se recrudesceu desde a chamada Lei da Mordaça (“Escola Sem Partido”) e se estende até hoje, como no projeto de lei que propõe monitoramento de conteúdos por registros em áudio e vídeo. O que embasa esse tipo de proposta é o mito da “doutrinação”, uma acusação absurdamente infundada contra profissionais que estão apenas cumprindo seu trabalho. O que nos torna vulneráveis é a criação de desconfiança e suspeição contra uma categoria que enfrenta descaso do governo e más condições de trabalho para poder transmitir aos estudantes os saberes acumulados pela humanidade.

É, também, o ódio da ciência, do conhecimento e das informações verdadeiras que move um segmento da sociedade a tratar aqueles e aquelas que ensinam como inimigos.

Nossa sociedade, infelizmente, tem se tornado mais violenta. O discurso bélico da intolerância, da não aceitação do outro, do extermínio de quem pensa diferente não nasce dentro da escola, mas também se expressa nela. A escola é uma vítima dessa agressividade.

O Sinpro-DF repudia todo tipo de violência e disponibiliza aos profissionais do magistério público do DF um protocolo de prevenção e de combate às agressões, com oferta de apoio à saúde e ações de conscientização e jurídicas, quando for o caso.

Lutamos para fortalecer o papel da educação como questionadora da violência, formando seres humanos com empatia, solidariedade, respeito e conhecimento – a melhor arma contra a brutalidade.