Nota de repúdio: Sinpro-DF condena prisão de liderança sindical do Sindsep-DF

A diretoria colegiada do Sinpro-DF repudia a prisão do companheiro Oton Pereira Neves, liderança sindical e secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (SINDSEP-DF), que recebeu voz de prisão da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), na manhã desta terça-feira (20), durante Assembleia da categoria, realizada em frente ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).
No entendimento das lideranças sindicais do sindicato, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), em combinação com o governo federal ilegítimo e não eleito, tem transformado Brasília em local proibido e palco de perseguição política. Reprimiu várias vezes e com agressividade manifestações na Esplanada dos Ministérios e tem adotado uma atitude ditatorial, autoritária e tirânica contra servidores públicos, trabalhadores da iniciativa privada, estudantes e sindicatos, e contra qualquer outro segmento social que se manifeste contra as políticas de retiradas de direitos consagrados na Constituição Federal.
O jeito autoritário de governar desmascara a má-fé dos atuais gestores públicos que ocupam o Palácio do Buriti e o Palácio do Planalto que têm atuado para eliminar direitos. Interditam as ruas e o direito à liberdade de expressão e de manifestação na capital do país ao impor o controverso decreto que proíbe carros de som a menos de 100 metros de prédios públicos, mesmo sabendo que o gramado da Esplanada dos Ministérios foi elaborado e edificado para abrigar as manifestações populares de toda a ordem, desde artístico-culturais até políticas, estudantis e da classe trabalhadora brasileira e que há décadas são realizadas assembleias, atos e piquetes de greve no local.
O Sinpro-DF, fundado em 1979 a partir da luta da categoria contra os autoritarismos da ditadura militar, repudia e não admite a escalada de truculência e de criminalização dos movimentos da classe trabalhadora e de lideranças sindicais sob pena de compactuarmos com atitudes flagrantemente fascistas. Exigimos a retirada do decreto, o arquivamento do inquérito, a retratação com o companheiro, a reparação dos danos morais e materiais, bem como o pedido de desculpas público e formal do governo autoritário à população do DF. Exigimos o fim da criminalização dos movimentos sociais e sindical e a suspensão imediata das reformas neoliberais em curso veementemente desaprovadas pela população.
Diretoria colegiada do Sinpro-DF
Brasília-DF, 20 de junho de 2017