Nota de repúdio

A Diretoria Colegiada do Sindicato dos Professores no Distrito Federal repudia as agressões sofridas pela professora Mara Dantas Silva, da Escola Classe 10 do Gama, que recebeu socos e teve seu cabelo puxado por uma mãe de um aluno, sem a possibilidade de defesa, na tarde desta terça-feira (8). As agressões foram feitas na frente do estudante.
A agressão foi resultado de várias ameaças que esta pessoa já fazia não só para a professora, mas a outros profissionais da escola. Mara alegou que também foi ameaçada pelo pai do aluno. Ela já tinha feito reclamações das ameaças para a Regional de Ensino e para o Conselho Tutelar, porém o GDF não tomou nenhuma providência.
A professora lamenta que sua atividade não é valorizada e reconhecida, pois ela se esforça para fazer o melhor trabalho possível na escola, porém os profissionais desta Escola Classe se sentem inseguros para realizarem suas atividades, em virtude da violência.
A escola, com cerca de 320 alunos, não possui orientador educacional. Este profissional é quem faz a mediação entre estudantes, professores (as) e a comunidade escolar. A presença do (a) pedagogo (a) – orientador (a) educacional é de extrema importância nas escolas e certamente estes conflitos seriam amenizados se houvesse a presença dele (a).
A defasagem deste profissional é enorme. Após o concurso de 2014, apenas 5 profissionais foram nomeados pelo GDF. O Plano de Carreira prevê 1200 orientadores (as) educacionais, porém são mais de 500 mil alunos (as) na rede para menos de 700 pedagogos (as) –orientadores (as) educacionais. É um quadro preocupante.
A professora fez boletim de ocorrência e está tomando todas as providências legais. A Secretaria Jurídica do Sinpro está à disposição da professora.
Para uma educação de qualidade, é fundamental que os (as) professores (as) e orientadores (as) educacionais possam desempenhar seu trabalho com tranquilidade e segurança, visando um desenvolvimento pleno das crianças das Escolas Classe. Ameaças e agressões desta natureza em nada contribuem para que a escola possa desempenhar suas atividades pedagógicas e que a categoria e a comunidade escolar possam trabalhar juntas em harmonia por um ensino cada vez melhor no Distrito Federal.