Nota do Sinpro sobre ocupações estudantis das escolas de Ensino Médio

A diretoria colegiada do Sinpro-DF registra publicamente seu apoio ao movimento estudantil nas ocupações das escolas públicas de Ensino Médio no Brasil e no Distrito Federal. Trata-se de uma mobilização importante em defesa da Educação Pública, que se encontra sob diversos ataques.
Dentre eles, destacam-se: 1) a Medida Provisória (MP) 746/16, editada, autoritariamente, pelo governo ilegítimo de Michel Temer com a finalidade de sucatear o ensino público no nosso país; 2) a Proposta de Emenda à Constituição nº 55 (PEC 55), em tramitação no Senado Federal, que congela por 20 anos o investimento em educação, saúde e serviços públicos; 3) os Projetos de Lei da Mordaça que tramitam no Congresso Nacional e nas diversas Casas Legislativas pelo Brasil, incluindo aí o DF, onde o projeto tem se apresentado de forma fragmentada.
Vale lembrar que parlamentares eleitos pelos grandes empresários da educação, outrora apelidados de “tubarões do ensino”, protagonizam essas medidas de retrocesso e exclusão, que apontam para a privatização da educação pública brasileira.
O que assistimos hoje nas escolas de Ensino Médio da rede pública é a resistência de jovens diretamente prejudicados (as) pelas medidas acima elencadas. Com apoio de suas entidades representativas em âmbito distrital e nacional, os e as estudantes ocupam suas escolas para garantir que elas continuem existindo.
A população, em geral, e os professores e professoras, em particular, devem estar atentos (as) às ações de grupos oriundos das classes mais abastadas, como o “Estudantes pela Liberdade (EPL)”, que não conhecem a escola pública e se infiltram no movimento legítimo para desqualificá-lo. Esses grupos respaldam e apoiam as iniciativas do governo golpista e buscam tumultuar o movimento legítimo que os(as) verdadeiros(as) estudantes têm promovido.
Assim, a diretoria colegiada do Sinpro-DF se solidariza e apoia o “movimento apartidário dos estudantes pelos estudantes”, como ressaltou a estudante Ana Júlia, do Paraná. Apoiamos a iniciativa porque apoiamos suas bandeiras em defesa da escola pública, da educação, dos direitos sociais e da Constituição Federal.