No dia do AI 5, grupos antidemocráticos pedem novo golpe. Coincidência?

Grupos antidemocráticos – ligados ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao golpismo da direita rancorosa liderada pelo PSDB – programaram um ato pró-impeachment para este domingo, 13 de dezembro. Um tal de “Esquenta – Fora Dilma”.
A questão é tão séria que o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a usar sua página em uma rede social para chamar simpatizantes a participar dos protestos.
Por uma ironia muito oportuna do destino, o protesto cairá justamente no dia que marca os 47 anos de edição do AI 5, o Ato Institucional que mergulhou o país num dos períodos mais nefastos da história brasileira. Com o AI 5, em 1968 vários direitos civis foram cassados, colocando o Brasil num regime de exceção e torturas.
13_dezembro
Mais irônica e oportunamente ainda, a base para o chamamento desse ato está calcada em ideias como as utilizadas em 1968 para justificar o golpe. À época dizia-se que, considerando que o golpe “combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, ‘os meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil […]'”, todas as medidas por ele estabelecida eram necessárias.
Pelo jeito, 13 de dezembro está fadado a entrar para a história como um dia de negação total à democracia e de desrespeito à luta que foi travada ao longo de todos esses anos para livrar o Brasil do retrocesso.
Não ao golpe – As tentativas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e de seus aliados da direita de soterrar a democracia a qualquer custo estão sendo embarreiradas pela ampla mobilização do povo brasileiro. No próximo dia 16, quarta-feira, mais uma ação dirá claramente “Não ao golpe” no Distrito Federal e em outros estados do Brasil. Aqui em Brasília, a concentração para o grande Ato em Defesa da Democracia será às 16h, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha.
A ação é convocada pela CUT e por diversos movimentos populares e outras centrais sindicais. Para as entidades, o atual cenário nacional de ataques do conservadorismo e pedido de impeachment da presidente Dilma exige que a população se mobilize para que se defenda a democracia, a vontade popular expressa nas urnas, se exija Fora Cunha e não haja retrocessos sociais, políticos e econômicos, afetando os direitos e interesses da classe trabalhadora.
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