Sinpro realiza ato pela vida das mulheres, contra o racismo, o machismo e o fascismo

No próximo domingo (08) o Sinpro, juntamente com vários coletivos e movimentos da esquerda do Distrito Federal, realizará um grande ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A concentração será às 9h, no pavilhão de exposições do Parque da Cidade, e de lá todas seguirão em uma grande marcha Pela Vida das Mulheres, Contra o racismo, o machismo e o fascismo até o Palácio do Buriti para um ato em protesto contra o feminicídio, e exigindo do GDF políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher. De lá todas irão até a Torre de TV, onde será realizado um festival e encerramento do ato às 16h.

O ato contará com as mulheres do MST, que entre os dias 5 a 9 de março participarão do I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, em Brasília. As mulheres, desde o golpe de 2016 que tirou ilegalmente Dilma Rousseff da Presidência, vem sendo protagonistas nos atos contra esse governo fascista e no enfrentamento às políticas neoliberais e conservadoras. Nesse sentido, precisamos compreender e incorporar o que as mulheres expressam nas ruas neste momento de resistência e na pressão contra o neoliberalismo e o conservadorismo.

 

Atos pelo Brasil

Movimentos de mulheres e centrais sindicais preparam manifestações em diversas cidades do Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro e contra pautas do governo federal – exemplo da reforma da Previdência aprovada no ano passado – para 8 de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher.

As manifestações vão dar destaque às mulheres negras, bem como mulheres indígenas, lésbicas, bissexuais e transgênero. Um dos motivos é o fato deste grupo ser o que mais sofre ataques trabalhistas. Um dos exemplos foi o insulto de Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, com frase de conotação sexual. O presidente disse em 18 de fevereiro que a repórter “queria dar o furo a qualquer preço” contra ele.

A jornalista foi a autora de reportagens que mostraram o disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral feito por algumas agências, o que beneficiou alguns candidatos. “Em um momento tão opressor, antidemocrático e violento que estamos vivendo, nossa união é fundamental para que, juntas, possamos lutar por respeito para todas as mulheres. O respeito não deve ser uma conquista, é um direito. Por isto, convidamos todas as mulheres para este grande ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e contra o racismo, o machismo e o fascismo”, ressalta a diretora do Sinpro Vilmara Pereira.