No CCBB, a história dos holandeses no Brasil tem ingressos gratuitos para escolas
A peça teatral Babilônia Tropical estreia dia 3 de agosto no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Sua história tem como pano de fundo a presença holandesa no nordeste brasileiro na primeira metade do século XVII. O espetáculo conta com um programa de formação de plateia, e assim terá sessão com ingressos especiais para ONGs, escolas, universidades e instituições durante esta temporada. No primeiro sábado da temporada brasiliense, haverá um debate sobre como abordar a História do Brasil em peças teatrais.
Os interessados em obter os ingressos podem entrar em contato via WhatsAssp com:
- Julia Tolentino 61 98257-5405
- Gabriel Lopes – 21 96936-9515
O debate
No dia 5 de agosto, sábado, às 17:30, haverá um debate antes da exibição da peça. A ideia é promover uma conversa sobre os desafios de se abordar a história do Brasil numa obra teatral e a percepção de que o passado permanece vivo e operante em nossas vidas. E análise dos mecanismos históricos que reforçam os estereótipos nas relações etnoraciais em nossa Sociedade.”
A mediação e interlocução do debate estará a cargo de Glaucia Verena, diretora geral e fundadora LabVoz Graduada, Mestre e Doutoranda na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Cientista, especialista em Voz com trabalhos publicados em revistas internacionais. Formação musical na ULM em piano e canto lírico. Desenvolve construção de comunicação inclusiva e diversidade em instituições e processos artísticos. Além disso é fundadora do primeiro coletivo negro na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Núcleo Ayé, que promove pertencimento, letramento racial e posicionamento político institucional e é Diretora de Diversidade na Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
A peça
Babilônia Tropical conta a história da presença holandesa no Brasil no século XVII a partir do olhar de uma mulher que existiu, chamada Anna Paes. Filha de um dono de engenho de Pernambuco, estudou mais do que era permitido às mulheres do seu tempo. Casou-se aos dezoito anos, mas o marido morreu três meses depois numa batalha contra os holandeses. Com a morte do pai na sequência, ela se vê na condição de maior liberdade que uma mulher pôde experimentar na sociedade de então: livre dos jugos do pai e do marido.
Respirando os ares de modernidade e liberdade trazidos pelos holandeses, ela assume a administração do Engenho Casa Forte e vive intensamente a tentativa de construção de uma sociedade civilizada – com todas as contradições que esta ideia traz em si – num lugar até então distante e esquecido do centro das decisões que afetavam o resto do mundo, a Europa.
Anna Paes adota o calvinismo ao se casar com um holandês, mas, com a vitória do movimento de resistência luso-brasileiro, tem seus bens confiscados e é obrigada a partir.
Com sucesso de público e crítica em sua estreia em maio, em Belo Horizonte, Minas Gerais, o
espetáculo tem cenas que revelam lugares mais oblíquos do racismo, justamente por parte
daquelas personagens que se veem como artistas ‘antirracistas.
Com duração de aproximadamente 80 minutos, “Babilônia Tropical” oferece ao público uma
experiência sensorial rica e instigante, com música ao vivo e recursos audiovisuais, utilizando
desde imagens de arquivos históricos até filmagens realizadas em estúdio por uma equipe
audiovisual, com imagens de grande impacto e beleza.
O projeto recebeu apoio da Embaixada dos Países Baixos para o desenvolvimento da
dramaturgia, o que possibilitou uma viagem do autor Marcos Damigo a Pernambuco, bem como a
participação do historiador Daniel Breda no processo de pesquisa, além de uma primeira imersão
com o elenco da peça em 2022.
Babilônia Tropical estará em cartaz de 3 a 27 de agosto, sempre de quinta a sábado às às 19h30 e aos domingos, às 18h. Classificação 14 anos.
Após a temporada em Brasília, a peça segue para o CCBB do Rio de Janeiro e de São Paulo.
SERVIÇO
Babilônia Tropical – A Nostalgia do Açúcar Gênero: Drama Histórico
Temporada: 03 a 27 de agosto
Horário: Quinta a Sábado, 19h30 | Dom, 18h
Classificação indicativa: 14 anos
Duração do espetáculo: 84 minutos