Netão, presente!

A vida é imprevisível.

Olívio Almeida Maciel gostava de ser chamado só de Netão. Raridade era vê-lo parado. Ele sempre estava organizando faixas de protesto em alguma atividade em defesa do magistério público do DF ou de outras categorias da classe trabalhadora. Pura disposição. Mas na madrugada desta quarta-feira (16/02), Netão nos deixou.

Netão era uma pessoa simples. Quase sempre de calça jeans, camiseta e tênis, ele gostava mesmo era de fazer piada com quem quer que fosse. Era impossível ficar sem sorrir perto do Netão.

Flamenguista ferrenho e petista de carteirinha, ele nasceu em Santana, na Bahia, mas chegou à capital federal ainda adolescente, com seus 11 irmãos. Eles buscavam uma vida melhor.

E foi aqui que conheceu dona Francisca, com quem se casou e teve três filhos: Jean, Jowesllayne e o caçula, Geovane, pai da Malu (Maria Luísa) e do Bernardo, que sabiam, como ninguém, amolecer o coração do vovô que fazia pose de durão.

Netão dedicou quase metade dos 58 anos de vida ao PT e à causa de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Ele não gostava muito de foto, mas nas poucas que resolvia posar, fazia questão de levantar a mão com o “L de Lula”. Para ele, assim como para milhares de brasileiros que sofreram com a fome e a seca no Nordeste do país, Lula representa a oportunidade de ter uma vida sem miséria.

Netão vai fazer falta.

Nós do Sinpro não temos palavras para dizer como é duro perder um companheiro de luta. E nem imaginamos como deve estar sendo difícil para a família de Netão se despedir daquele que adorava fazer festa em casa.

Mas a vida é imprevisível.

Agora, o que prevalece é a tristeza. Com o tempo, são as piadas de Netão e o seu exemplo de luta que ficarão, para sempre, na memória.

Netão, presente!

O velório do Netão será às 13h e o sepultamento às 15h desta quinta-feira (17/02), na capela 6 do cemitério de Taguatinga.