Mulheres da CUT repudiam machismo contra dirigente de Valparaíso

eliceuda
Um dos principais pontos de luta da CUT para o próximo período é garantir a paridade de gênero nos espaços de poder. A tarefa se mostra difícil, uma vez que o parlamento é composto também por propagadores do machismo. É o caso da Câmara Municipal de Valparaíso (GO). No dia 1º de abril, durante debate sobre os projetos de lei que revisam a carreira dos servidores públicos do município, o vereador Afrânio Pimentel (PL) atacou da tribuna a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Valparaíso – Sindsepem/Val, Olízia Alves. Acusou-a falsamente de “mentirosa” e que o Sindicato merecia “um presidente de verdade”.
O pronunciamento de teor discriminatório e machista é veementemente repudiado pela Secretaria de Mulheres da CUT Brasília, que dará todo o apoio necessário à dirigente sindical, inclusive amparo jurídico.
“Não podemos mais aceitar esse tipo de postura autoritária, machista, excludente. Vamos endurecer contra todas essas manifestações que rebaixam as mulheres e não as enxergam como seres iguais. Já passou da hora de essas manifestações de preconceito serem severamente punidas”, afirma a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Eliceuda França.
Nesta quarta-feira (8), os servidores municipais de Valparaíso realizarão assembleia às 8h, em frente à Câmara Municipal. No encontro, além das ações para pressionar a aprovação dos projetos que tratam da reestruturação do plano de carreira da categoria, será pautada discussão sobre o discurso machista contra a presidenta do Sindsepem/Val. “Vamos entrar com ação judicial contra a fala do vereador Afrânio Pimentel”, afirma Olízia Alvez.
Machismo em Valparaíso
Em 2010 e 2011, durante manifestação dos servidores públicos de Valparaíso, várias dirigentes e militantes sindicais foram agredidas física e verbalmente por pessoas ligadas a partidos que não aceitam a livre organização da classe trabalhadora. (Veja aqui)
De acordo com a presidenta do Sindsepem/Val, Olízia Alves, parte desses agressores estavam presentes na Câmara Municipal no dia 1º de abril e aplaudiram o discurso machista do vereador Afrânio Pimentel.
Fonte: CUT Brasília