Movimento se reúne para debater Frente em Defesa do Serviço Público

A ofensiva contra o desmonte do setor público e a luta pelo respeito ao servidor pautaram a reunião realizada durante a noite desta terça-feira (22), na sede do Sinpro. O encontro foi prestigiado por diversas entidades civis, sindicais, sociais, populares, religiosas, por parlamentares distritais e debateu a construção e organização da Frente em Defesa do Serviço Público. O lançamento será realizado no dia 5 de setembro, na sede do sindicato.
Segundo a diretora do Sinpro Rosilene Corrêa, a ideia da Frente é articular, em unidade com outros segmentos da sociedade, um movimento ofensivo contra o desmonte do setor público, que compromete o atendimento à população e o comércio do Distrito Federal. O funcionalismo público sofre sérias ameaças, exemplo da reforma trabalhista, e o que está em jogo são todas as conquistas alcançadas pelo trabalhador brasileiro a partir da Constituição Federal de 1988 e com as políticas de inclusão social do último período. “Pensamos em uma frente que vá além do movimento sindical, ou seja, para todo trabalhador brasileiro. Além de defender os direitos de todos nós, precisamos defender o serviço público e a qualidade deste serviço, seriamente ameaçado com esta política de estado mínimo implantada pelo governo Rollemberg e pelo governo Temer”, destaca Rosilene.
Atualmente, o GDF tem cerca de 140 mil servidores públicos na ativa e aposentados, e a Frente é essencial para que as políticas públicas, tais como saúde, educação, segurança, cultura, assistência social, mobilidade urbana e moradia sejam desenvolvidas e a economia se fortaleça. Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT), precarizar o serviço e os servidores públicos prejudica a população, já que compromete o desenvolvimento de políticas públicas para quem mais necessita delas. “O que estamos vendo é uma prévia da falência total do Estado. A política que estamos presenciando hoje está levando o país ao abismo. Ou nos unimos neste momento ou não sei onde vamos parar”, argumenta o distrital.
Um dos setores que mais sofre com o desrespeito praticado contra o serviço público é o da saúde. De acordo com o deputado distrital Wasny de Roure, o quadro da saúde no Distrito Federal sofre cada vez mais devido à rápida deterioração do serviço público. “Precisamos levar denúncias da estratégia de gestão do GDF, que é de constante ameaça e intimidação do servidor público. Este instrumento que estamos trabalhando hoje é decisivo para barrar todo tipo de ataque ao funcionalismo público. Vale a pena ir adiante na defesa do serviço público”, destaca.
E o diálogo com a população é fundamental para esta estratégia de mudança. “É importante que dialoguemos com a população, mostrando o papel do Estado. O mais penalizado não está sendo o servidor público, mas a população. Defendemos uma qualidade no serviço público e de valorização do servidor. Quando a população entender a importância do servidor e do serviço público, conseguiremos mudar esta lógica que está sendo implantada aqui, que é de um Estado mínimo que reflete no prejuízo ao DF”, finaliza o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Brito.