MEC anuncia liberação de R$ 1 bilhão para formação de professores

O Ministério da Educação anunciou nesta quarta-feira (28) a liberação de R$ 1 bilhão para a formação de professores. De acordo com o MEC, a verba sairá do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ainda segundo o ministério, serão oferecidas 190 mil vagas para formação de professores e de estudantes de cursos de licenciatura.

Segundo o MEC, os recursos anunciados nesta quarta serão investidos por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a partir de agosto, até 2019.

Ainda de acordo com o ministério, estão previstas:

  • 45 mil vagas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid);
  • 45 mil vagas no Programa de Residência Pedagógica;
  • 100 mil vagas na Universidade Aberta do Brasil (UAB).

“O Ministério da Educação está destinando R$ 1 bilhão para política de formação inicial para essas três ações”, afirmou a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro.

Ela destacou, ainda, a necessidade de os professores dominarem o conteúdo que vão ensinar. Também é preciso, segundo a secretária-executiva, conhecer a realidade escolar. “Em geral, o aluno sai da escola, da faculdade, sem nunca ter conhecido o funcionamento de uma escola de educação básica, nem público nem privada”, disse.

Conforme a Capes, nesta quinta (1º) serão publicados os editais no “Diário Oficial da União” do Pibid e da residência pedagógica. Em março, as instituições de ensino deverão apresentar os projetos, que serão avaliados por bancas examinadoras.

O início das atividades para os estudantes será em agosto, bem como o pagamento de bolsas, cujos valores variam de R$ 650 a R$ 1,5 mil. O órgão explicou que também há bolsas disponíveis para professores e coordenadores.

Em março, as instituições de ensino deverão apresentar os projetos que serão avaliados por bancas examinadoras. O início das atividades para os estudantes será em agosto, bem como o pagamento de bolsas, cujos valores variam de R$ 650 a R$ 1,5 mil. O órgão explicou que também há bolsas disponíveis para professores e coordenadores.

Curso a curso

No caso do programa de iniciação à docência, o objetivo do governo é permitir que o futuro professor tenha contato com o ambiente escolar ainda na primeira metade do curso.

Conforme Maria Helena Guimarães, os beneficiados devem estar nos dois primeiros anos do curso. A intenção é que os professores tenham “aproximação com a realidade escolar a partir do aprendizado” nas faculdades.

Na residência pedagógica, segundo o MEC, o objetivo é o “aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado”, com a experiência do estudante, na segunda metade do curso, em escola de educação básica.

O estágio, até o momento, é feito em escolas da rede pública, segundo Maria Helena. “Ela [residência pedagógica] tem um ciclo de formação que se estende por 18 meses. Durante os 18 meses os alunos receberão as suas bolsas”, afirmou.

Nos dois programas, cada selecionado será acompanhado por um professor de escola com experiência na mesma área de ensino estudada. Os dois programas integram a Política de Formação de Professores, anunciada em outubro de 2017.

No caso das vagas na UAB, é oferecida capacitação para professores que atuam fora da sua área de formação. Os cursos são realizados à distância.

Alfabetização e ensino médio

Ao fazer um pronunciamento no evento, o ministro da Educação, Mendonça Filha, afirmou que em março será divulgado o edital da edição de 2018 do Enem e que o governo federal vai lançar uma política para fortalecer a alfabetização.

“Crianças mal alfabetizadas têm estreitado o seu caminho em relação ao futuro”, disse o ministro.

Mendonça também declarou que, até o final de março, pretende concluir a proposta de Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio – a BNCC para os ensinos infantil e fundamental foi homologada no ano passado.

“Espero entregar ao Conselho Nacional de Educação a nossa proposta para a base nacional, que será deliberada pelo conselho e depois retornará para homologação pelo Ministério da Educação”, afirmou.

Com informações do G1