Massacre de Rollemberg contra professores pode causar demissão no GDF

O blog CB Poder, do Correio Braziliense, noticiou na manhã desta quarta-feira, que há uma crise entre o comandante-geral da Polícia Militar no DF e o Secretário de Segurança Pública após o massacre contra os(as) professores(as) na última quarta-feira (28). As ações inconcebíveis e de extrema truculência, são de responsabilidade do comando central, que é o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele é o responsável pelos episódios lamentáveis que ocorreram no Eixão Sul.
As imagens, que rapidamente se alastraram pelas redes sociais, são claras e até integrantes do governo admitem que o uso da força foi exagerado e desnecessário, o que desencadeou um desgaste entre o comandante-geral e o Secretário, ambos subordinados ao governador Rollemberg.
Conforme atesta o vídeo (link abaixo), os(as) professores foram arrancados de seus próprios veículos, foram alvejados por balas de borracha à queima roupa e bombas de gás lacrimogênio. Um dia que não será esquecido.
Vídeo: http://www.sinprodf.org.br/tv-sinpro/?video=wjf9frCPUQM
 
Abaixo, a matéria do Correio Braziliense:
 
Crise na segurança pública. Quem cai? O comandante da PM ou o secretário de Segurança?
Um grupo de coronéis do alto comando da Polícia Militar do DF conversa nesta manhã (03) com o governador Rodrigo Rollemberg para defender a estabilidade na corporação e a permanência do coronel Florisvaldo César no comando. A reunião ocorre na casa da mãe do governador, na 206 Sul.
Esses oficiais vão dizer que a saída de César provoca uma instabilidade na corporação. Eles querem, na verdade, a demissão do secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade.
Rollemberg tem uma reunião marcada nesta manhã com Florisvaldo César e ele pretendia anunciar a própria saída do cargo em coletiva no comando-geral. Mas a coletiva que estava agendada para às 10 horas está suspensa.
A crise na segurança pública esquentou na última sexta-feira (30), quando começou a queda de braço entre o comandante-geral da Polícia Militar do DF e o secretário Arthur Trindade.
O secretário não gostou de não ter sido consultado na decisão de acionar o choque da PM para conter os professores que bloquearam as saídas dos Eixos Sul e Norte. Sociólogo, Trindade avalia como um desastre a ação da PM. Acha que o batalhão de choque, pelotão extremo e treinado para usar a força, não poderia ter agido numa manifestação de professores.
O clima esquentou muito mais ontem (03). Trindade e o comandante da PM bateram boca no Palácio do Buriti. Surgiu o impasse entre os dois: “Ou ele ou eu”.
Rodrigo Rollemberg não quer a saída de Florisvaldo César. O coronel tem a confiança do governador. Mas a situação ficou insustentável por vários motivos.
O governador não tem como atender os professores na pauta financeira. A categoria quer receber já o reajuste previsto para começar a vigorar em outubro. Mas, como já foi dito e reiterado, o caixa do governo não suporta essa despesa neste ano.
O embate dos professores com a PM agravou muito a crise política e fortaleceu o movimento dos grevistas. Uma mudança na PM pode ser um paliativo para a crise com os professores.
Mas Rollemberg não quer uma outra crise, na Polícia Militar.
O relacionamento entre O secretário de Segurança e o comandante da PM nunca foi bom. Agora ficou insustentável.
Para oficiais e integrantes do governo, a situação agora é: ou cai o comandante da PM ou o secretário de Segurança. Ou os dois.
E se os dois ficarem? Como fica a segurança pública?