Marcha dos Povos abre Fórum Social Mundial em Salvador

Com a participação de diretores do Sinpro, a Marcha dos Povos tomou as ruas do centro de Salvador nesta terça-feira (13), abrindo oficialmente a edição de 2018 do Fórum Social Mundial.
Após sair do bairro de Campo Grande, por volta das 16h30, a Marcha passou pela Avenida Sete até chegar a Praça Castro Alves. Conhecida como “Praça do Povo”, local de grandes manifestações de luta e resistência baiana, na praça um palco com apresentações culturais e performances artísticas encerrou o primeiro dia do evento.
A Marcha contou com representantes do Movimento Negro da Bahia, entidades religiosas de matriz africana, universitários, estudantes secundaristas e sindicalistas. O secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, Antônio Lisboa, disse que tamanha representatividade dos movimentos sociais e sindical é um sinal de que a resistência aos ataques dos golpistas que usurparam o poder se intensificará a cada dia. “O significado deste Fórum é forte diante da situação de retrocesso, dos ataques aos direitos humanos, sociais, trabalhistas, aos quilombolas, às mulheres, aos indígenas e ao estado democrático”.
Cerca de 1500 coletivos, organizações e entidades participam desta 13ª edição do evento, realizando 1300 atividades autogestionadas, espalhadas pelos cinco dias de debates, que se encerram no sábado (17).
O FSM terá como território principal o Campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de outros locais da capital baiana, como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu. De acordo com os organizadores, são esperadas cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, reunidas para debater e definir novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo, aos golpes e genocídios que diversos países enfrentam na atualidade.
O Fórum Social Mundial é uma iniciativa da sociedade civil organizada, nascida em Porto Alegre, em 2001, para promover o encontro democrático, plural e de resistência com o objetivo de incentivar debates, aprofundar a reflexão coletiva, troca de experiências e a constituição de coalizões e de redes entre os movimentos da sociedade civil e organizações comunitárias que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do capital. O evento é realizado a cada dois anos. Nos intervalos, fóruns temáticos descentralizados e autônomos são realizados para dar seguimento às articulações e reflexões críticas nos diferentes países e regiões. O último foi realizado no Canadá, em 2016. Mais informações aqui.
Confira a programação desta quarta (14):
9h – Tribunal Popular para Julgamento dos Crimes de Feminicídio contra as Mulheres Negras, no auditório do IFBA
14h- Marcha das Mulheres Contra o Racismo, com concentração no largo do Campo Grande
14h – Assembleia Mundial da Juventude, no Acampamento Intercontinental das Juventudes, no Parque de Exposições de Salvador.
15h- Lançamento do livro “Enciclopédia do Golpe – o papel da Mídia” com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff e o jornalista Mino Carta, na Tenda da CUT, localizada no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
(Com informações da CUT,Vermelho e Rede Brasil Atual)